O Corpo de Bombeiros do Litoral do Paraná informou que está apurando informações de que o piloto do avião Piper Arrow desaparecido desde segunda (3) na Serra do Mar Paranaense teria entrado em contato com a rede de comunicação aérea e com o Aeroporto de Paranaguá solicitando informações sobre possíveis locais de pouso antes de a aeronave ser vista pela última vez pelos radares.
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O avião decolou de Umuarama, Noroeste do Estado, rumo a Paranaguá, no Litoral. O último sinal do monomotor foi às 10h14min, na região da Limeira, atrás da Serra da Prata, em Guaratuba, cidade litorânea do Estado.
Nesta terça (4), após mais um dia de buscas por ar e terra, sem sucesso, o Corpo de Bombeiros afirma que deve dobrar as equipes de resgate em terra a partir de amanhã. A perspectiva é que entre 30 e 35 pessoas empreendam as buscas no perímetro onde foi perdido o sinal da aeronave.
Os bombeiros afirmam que o principal objetivo agora é confirmar ou descartar um possível incidente na área próxima ao local. Segundo o major Fabrício Frazatto dos Santos, comandante do Corpo de Bombeiros do Litoral, uma pista que dá suporte ao trabalho das equipes é o relato de agricultores locais que disseram ter ouvido um estrondo parecido com o de um trovão, entre 10h e 11h da manhã do dia do desaparecimento.
“Comparando essas informações com o último ponto de sinalização da aeronave, fornecido pela Força Aérea, verificamos uma sintonia”, afirma Santos. Ele conta que, no momento, os moradores não se atentaram para o que poderia de fato ter sido o barulho. “Só depois a população começou a fazer a relação entre o som escutado e uma possível queda.”
Buscas em área maior
Ao longo de todo o dia de hoje, cinco aeronaves empreenderam buscas na região: um helicóptero Black Hawk e um avião pelicano do Salvaero, da Força Aérea Brasileira, um helicóptero da Casa Militar do Governo do Paraná (Resgate 04) e dois helicópteros do BPMOA (Falcão 12 e 13).
Segundo o Corpo de Bombeiros, o perímetro das buscas deve ser ampliado conforme não forem encontradas evidências da aeronave desaparecida na área primordialmente vasculhada. “No momento do desaparecimento o tempo estava bastante fechado, por volta das 10h14, com nebulosidade que persiste até hoje, alternando momentos de maior e menor visibilidade, o que dificulta as operações aéreas”, enfatiza o major.
Ele conta que a maior preocupação é garantir, primeiramente, que não haja nada no último ponto de avistamento para depois ampliar o perímetro de buscas do avião desaparecido. “A força aérea é quem delimita as áreas de busca e, amanhã, com mais equipes terrestres e ampliação da área de busca na retaguarda, onde ocorreu a perda de sinal, teremos uma amplitude maior”, enfatiza o major.
Segundo ele, a aeronave pode ter mudado de rumo, indo para o sul, em busca de uma área com maior visibilidade. “Há algumas informações que ainda estão sendo confirmadas, indicando que o piloto entrou em contato com a rede de comunicação aérea solicitando informações, inclusive com o aeroporto, sobre possíveis locais de pouso. Realmente, naquele local e momento específico, a visibilidade estava muito ruim”, conta o chefe de Operações do Corpo de Bombeiros do Litoral, major Douglas Martim Konflanz.
A área da Limeira, onde estão concentradas as buscas, é montanhosa e de vegetação densa, o que torna o deslocamento por terra lento e as operações por ar mais difíceis no sentido de visualizar possíveis vestígios da aeronave. As equipes aéreas utilizam câmeras térmicas para auxiliar na procura.
Amanhã, as equipes devem contar com outros recursos, como drones, e as aeronaves devem ampliar a área de cobertura, buscando em áreas ainda não exploradas, mas que tenham qualquer probabilidade de terem sido sobrevoadas pela aeronave desaparecida.
O governo do Paraná confirma que o avião que segue desaparecido era ocupado pelos servidores estaduais Heitor Genowei Junior e Felipe Furquim, ambos da Casa Civil. O piloto Jonas Borges Julião completa a lista dos 3 tripulantes a bordo.
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