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Grãos selecionados correspondem de 15% a 20% da produção
Grãos selecionados correspondem de 15% a 20% da produção| Foto: José Fernando Ogura/ANPR

Para garantir a qualidade dos grãos e alavancar o lucro na produção, a Fazenda Palmeira, localizada Santa Mariana, Norte do Paraná, investe nos cafés especiais na propriedade rural, uma das mais antigas da região cafeeira.

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A administradora Cornélia Gamerschlag, que faz parte da terceira geração, lembra que a história da família com o café começou com avô. Em 1922, ele deixou a indústria de tecelagem na Suíça para se aventurar no interior de São Paulo. Depois de 20 anos, o avô foi um dos desbravadores das terras férteis do Norte do Paraná e adquiriu a propriedade rural.

“A Fazenda Palmeira ficou para o meu pai. Hoje, eu e meu marido somos a terceira geração [a administrar a fazenda]. Sempre continuamos com o café, cultura que passou por muitas mudança, mas continuamos firmes”, recorda.

A Fazenda Palmeira tem 1.260 hectares, com destino de 180 hectares para café, sendo que mais de 20% é reserva ambiental. Além da cafeicultura, o local produz trigo, milho, aveia, abacate e gado.

A iniciativa de produzir cafés especiais começou há 10 anos quando os preços dos grãos estavam em queda no mercado. “Precisávamos nos posicionar ou parar e partir para milho ou soja porque é mais fácil e mecanizado. Os vizinhos fizeram isso mas gostamos muito de café, há um vínculo histórico. Também somos responsáveis pela geração de empregos, temos bastantes funcionários na fazenda”, ressalta.

Os grãos especiais de café ganharam mais espaço no mercado nos últimos anos, o que favorece o reconhecimento de quem começou a produzir primeiro e se firmou na produção do café selecionado. “Mudamos a lavoura, maquinário e aprendemos de novo”, resume a administradora ao comentar o processo de inovação.

Hoje, a Fazenda Palmeira produz, em média, quatro mil sacas por ano, de 60 quilos cada uma. Dessa produção, de 15% a 20% são de cafés especiais. “Temos um cuidado diferente no terreiro e no armazenamento. Em uma torra média, conseguimos valorizar todos os aromas do café. Por isso, é mais saboroso.”.

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