Dez alunos do Colégio Estadual do Paraná (CEP), de Curitiba, foram selecionados em uma parceria com a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) com a proposta de preparar dispositivos para serem enviados à Lua. O projeto faz parte da missão Artemis, coordenada pela estação espacial em parceria com a Universidade do Colorado, nos EUA, e tem o objetivo de coletar dados no satélite natural da Terra.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
“Estamos fazendo história”, comemorou o estudante de Física, Gabriel Kozlowski Andreola. Formado no ensino médio técnico do CEP em 2020, ele participa do projeto como estagiário do Observatório Astronômico e Planetário do colégio e acredita que os dados observados na missão poderão contribuir para o desenvolvimento de tecnologias de cultivo biológico fora da Terra. “É inacreditável, afinal, estamos falando da Nasa e de podermos alcançar a Lua”, afirma.
Para participar, a equipe de estudantes se inscreveu no projeto de astronomia cidadã Glee – Great Lunar Expedition for Everyone –, que oferece a oportunidade de estudantes de todo o mundo colaborarem com uma grande expedição lunar. A iniciativa selecionou 212 equipes e três delas são do Brasil: a equipe de Ciências Espaciais Longe Lateqve, do CEP, uma equipe da USP Campus de São Carlos e outra da Universidade de Brasília (UnB).
Ao final do processo seletivo, em novembro, os vencedores receberam uma caixa com dois dispositivos para serem programados durante as aulas com a equipe de ciências espaciais da instituição de ensino. De acordo com o aluno Erán Martínez Ramos, do 1° ano do ensino médio, essas placas eletrônicas são chamadas de LunaSats e farão a coleta de dados ambientais na superfície lunar.
“Temos vários estudos em relação à Lua, como a geologia, o céu e a atmosfera, e também um estudo terrestre sobre raios cósmicos”, relatou. E “é exatamente isso que queremos aplicar na Lua para comparar a incidência de raios cósmicos lá com os da Terra”, disse.
Para isso, o grupo se reunirá no contraturno escolar e precisa finalizar as placas até 2023 para devolver os equipamentos aos Estados Unidos. A previsão é de que os LunaSats sejam usados em 2024 durante a segunda etapa do programa Artemis na lua. Lá, a proposta é colocar as placas para funcionar na superfície do satélite natural da Terra por dois dias lunares – o equivalente a quase dois meses terrestres.
Esse é o segundo projeto dos alunos em parceria com a Nasa
Além desse projeto, a equipe do CEP participa de outra iniciativa da Nasa: o IASC – International Astronomical Search Collaboration, traduzido como “Colaboração de Pesquisa Astronômica Internacional”. Nessa ação, cidadãos voluntários de todo o mundo podem monitorar o céu por meio de imagens capturadas pelo telescópio Pan-Starrs, situado no Havaí, e identificar novos corpos celestes.
Estudantes da equipe participaram de um monitoramento em março deste ano e descobriram um asteroide. Agora, 16 alunos participam de outra fase de monitoramento, analisando um pacote de 28 imagens cedidas pela Nasa entre os dias 18 de novembro e 15 de dezembro.
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião