Foi cumprido na manhã desta quinta-feira (24) um mandado de prisão contra Azemir João de Barros, conhecido como Alzemir Manfron, em função de um crime ocorrido há quase 20 anos na região metropolitana de Curitiba. Em 2017, Alzemir Manfron foi condenado a prisão em regime fechado pela morte, no ano de 2000, de Miguel Donha, então pré-candidato pelo PPS (atual Cidadania) a prefeito de Almirante Tamandaré. Embora tenha sido condenado por um júri popular em 2017, Manfron ainda não tinha até agora começado efetivamente a cumprir sua pena (16 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado), sustentado por recursos judiciais.
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Antes da prisão desta quinta-feira (24), ele já havia ficado detido em duas situações, mas por períodos que não somam meio ano: entre 24 de março e 12 de maio de 2017, logo após a decisão do júri popular; e entre 10 de setembro e 11 de novembro de 2019. De acordo com o Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR), o caso já transitou em julgado, ou seja, não há possibilidade de novos recursos judiciais. A Gazeta do Povo não conseguiu o contato da defesa de Manfron. Segundo o MP, ele foi preso no bairro Cabral, em Curitiba.
O crime ocorreu no início de 2000, quando a prefeitura de Almirante Tamandaré era comandada por César Manfron, candidato à reeleição e irmão de Alzemir Manfron. Na noite da morte, Donha e sua mulher, Iara, retornavam de um casamento quando foram abordados por dois homens no portão da chácara do casal. Eles foram levados até Rio Branco do Sul e, no trajeto, Iara foi abandonada pela dupla. Em seguida, os criminosos dispararam contra as pernas de Donha, que teve uma artéria perfurada e não resistiu. Os executores confessaram que foram contratados por R$ 300, e a promessa de um cargo na prefeitura da cidade, para dar um "susto" em Donha.
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