A cadeia de produção da soja foi a responsável pela maioria das exportações do Paraná no último mês de agosto, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Comex Stat/Ministério da Fazenda). De cada US$ 100 negociados pelo estado com outros países, US$ 37 vieram da exportação do grão ou derivados. O bom resultado ajudou a alavancar a balança comercial do Paraná, que nos oito primeiros meses de 2023 acumulou US$ 4,5 bilhões em superávit.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
Os números do Ministério da Fazenda mostram que as exportações paranaenses registraram, em agosto de 2023, um saldo positivo duas vezes maior do que aquele atingido no mesmo mês do ano passado – US$ 488 milhões contra US$ 244 milhões. O maior comprador dentre os 179 mercados atendidos pelas mercadorias e serviços made in Paraná é a China, responsável por 27% de todos os valores negociados. Na sequência vêm Argentina, Estados Unidos, México e Coreia do Sul.
Outro fator que colaborou para o crescimento do saldo da balança comercial foi a queda nas importações. Em agosto deste ano, o Paraná comprou 14% menos de outros países em relação ao mesmo mês em 2022, em um total de US$ 1,8 bilhão em importações. “No acumulado do ano se observa a mesma tendência de queda. Desde janeiro, as compras realizadas pelo Paraná no exterior retraíram 18%, somando US$ 12,2 bilhões”, aponta o consultor econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe.
Importações caíram no decorrer do ano
O mercado chinês também lidera as negociações de compras feitas pelo Paraná no exterior, com 23% do total das vendas feitas ao estado. Na lista dos cinco maiores mercados dos quais os paranaenses importam estão Alemanha, Argentina, Estados Unidos e Rússia – este último com um aumento significativo de 68% nas negociações em 2023.
Além da soja, em 2023 o Paraná exportou grandes quantidades de carnes (15% do total), material de transporte (8%), madeira (5%), produtos mecânicos (4%) e cereais (4%). Já nas importações, de janeiro a agosto deste ano, o destaque fica por conta dos produtos químicos (31% do total). “São essencialmente mercadorias do setor químico (45%) e máquinas e equipamentos (14%). Mesmo com China e Estados Unidos sendo os principais fornecedores paranaenses, de janeiro a agosto, ambos registram queda nas vendas para o estado, em 33% e 40%, respectivamente”, reforçou Felippe.
Paraná precisa ficar atento à situação da China e da Argentina, aponta consultor da Fiep
Sobre o futuro do comércio exterior para os próximos meses, o consultor da Fiep avalia que dois mercados merecem uma atenção especial dos paranaenses. “A China, que pode sofrer impacto no crescimento de sua economia diante da crise imobiliária na região. E a Argentina, que está em processo eleitoral bastante disputado e incerto, e que pode afetar a relação comercial com o Brasil. Ambos são importantes parceiros do Paraná e é necessário acompanhar como se comportarão essas economias nos próximos meses”, conclui Felippe.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião