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Estava preso por roubo

Suspeito da morte de jornalista no Paraná saiu da cadeia em fevereiro

Jornalista Cristiano Freitas
O jornalista Cristiano Freitas foi o editor responsável pelo suplemento Gazetinha e pelo caderno FUN, ambos da Gazeta do Povo. (Foto: Gazeta do Povo/Arquivo)

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A Polícia Civil do Paraná confirmou, nesta quinta-feira (6), a identidade do suspeito preso pela morte do jornalista Cristiano Freitas, em Curitiba, na última terça-feira (4). Jhonatan Barros Cardoso é citado em vários casos de roubo e extorsão, e saiu da cadeia em fevereiro após ter ficado preso por conta de um assalto praticado em agosto do ano passado na capital paranaense.

Cardoso, de 27 anos, foi preso nesta quinta-feira em um flat próximo ao viaduto do Capanema. Encaminhado à delegacia, ele vai passar por audiência de custódia antes do final de semana. Segundo o delegado Ivo Viana, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito era garoto de programa e “oferecia seus serviços” pela internet.

“A gente acredita que no dia do fato ele fez uma tratativa com a vítima para se encontrarem. E tudo leva a crer que aquele encontro tenha sido o primeiro. Existem elementos contra ele, alguns substanciais”, explicou o delegado, em entrevista coletiva.

Informações divulgadas pelos policiais mostram que Cardoso tem uma ficha criminal extensa. No Amazonas, estado de origem do suspeito, há relatos de vítimas que foram chantageadas por Cardoso. Em uma delas, em Manaus, ele se passou por massoterapeuta nas redes sociais e ameaçou divulgar vídeos íntimos gravados durante uma sessão de massagem.

Em prisão anterior, suspeito da morte de Cristiano Freitas marcou encontro com vítima

A prisão anterior de Cardoso ocorreu após denúncias de um assalto em um apartamento no bairro São Francisco, em Curitiba, em agosto de 2024. A vítima relatou ter marcado um encontro com o suspeito, que ao chegar ao local se mostrou agressivo. Ele bateu na vítima e a obrigou a fazer uma série de transferências por Pix.

Na fuga, Cardoso levou as chaves do carro e do apartamento, além do celular. No aparelho, o suspeito apagou as mensagens trocadas, de forma a atrapalhar o trabalho da polícia. Por meio de rastreamento do celular, ele foi localizado em um pensionato no centro de Curitiba e preso em flagrante.

Na oportunidade, os policiais encontraram os pertences da vítima com o suspeito. Ele admitiu o assalto e disse que cometeu o crime por ser viciado em jogos eletrônicos. Em outro caso ocorrido em 2024, Cardoso foi citado por outra pessoa que teria contratado o suspeito para uma sessão de massagem, que nunca ocorreu.

Após sair da cadeia, suspeito extorquiu outras duas vítimas

Após sair da cadeia, em fevereiro de 2025, Cardoso, de acordo com a Polícia Civil, cometeu outros dois crimes de extorsão antes do encontro com o jornalista Cristiano Freitas. Um dos alvos teve um prejuízo de R$ 20 mil.

“São situações reiteradas, com um modo de atuação muito parecido. Ele busca possíveis vítimas e as deixa em situação de vulnerabilidade. O objetivo dele era sim obter uma série de vantagens financeiras”, comentou Fernando Zamoner, delegado de furtos e roubos.

Ao menos seis pessoas que sofreram roubo ou extorsão por parte de Cardoso foram identificadas. A Polícia Civil orienta que vítimas que sofreram chantagens do suspeito e não registraram Boletim de Ocorrência procurem uma delegacia para auxiliar nas investigações.

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