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O deputado federal Aécio Neves  (PSDB)
O deputado federal Aécio Neves (PSDB)| Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados

Ao fazer um diagnóstico sobre a situação atual do PSDB, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) disse que o ex-governador de São Paulo, João Doria, “esfacelou” o partido “na busca de um projeto egocêntrico” e, agora, a sigla passa por uma “lipoaspiração” para voltar mais “esbelto” e “mais forte”.

“A grande verdade é que nós fomos atingidos em 2022 por um tsunami chamado João Doria, que esfacelou o partido na busca de um projeto egocêntrico e, que ao final, nos impediu de ter uma candidatura à Presidência da República. Esse foi o equívoco maior que a direção do partido cometeu”, afirmou o deputado durante entrevista concedida à CNN Brasil, nesta quinta-feira (4).

Aécio também comentou sobre os oito vereadores de São Paulo que deixaram o partido e zeraram a bancada do PSDB no legislativo. Para Aécio, as análises da imprensa que apontam enfraquecimento do partido estão erradas. Na visão do parlamentar, o partido está apenas passando por um processo de reestruturação.

“O projeto que o PSDB quer encarnar, que é um projeto de centro, que fuja desses dois pólos que tão mal vem fazendo à política brasileira, não está na mira, não está no foco das pessoas que estão saindo do partido. Mas, por incrível que pareça, nós estamos recebendo adesões importantes em vários estados brasileiros”, afirmou Aécio.

Ao destacar o posicionamento de “centro” do PSDB, Aécio criticou os partidos que buscam se fortalecer através do uso de verbas públicas para aumentar suas bancadas e ganhar poder de barganha com os governos de ocasião.

“Eu não acho que esses partidos - que se fortalecem a partir de verbas públicas, de convênios, que atraem prefeitos exatamente na lógica de terem participação nos governos independente da sua matriz doutrinária - sejam partidos fortes hoje”, afirmou Aécio ao citar a “reunificação” do PSDB.

O parlamentar ainda disse que cabe ao PSDB liderar o movimento de "centro" independentemente do tamanho do partido, e que a sigla quer se tornar um opção à oposição liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aécio também criticou o "conservadorismo" e o "autoritarismo" do PL e disse que o PSDB quer ser oposição ao governo Lula por discordar das "práticas do PT".

Para o parlamentar, este caminho deverá garantir a construção de uma candidatura presidencial em 2026.

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