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A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) votou por revogar nesta segunda-feira (8) a prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), em uma votação tumultuada.
O placar registrou 42 votos a favor da revogação e 21 contra (pela manutenção da prisão), além de duas abstenções. Agora, a matéria segue para comunicação do Supremo Tribunal Federal, que determinou a prisão. A Constituição determina que membros das casas legislativas às quais pertencem presos devem decidir pela validade da prisão e pela sua continuidade.
Uma briga causou a interrupção dos votos por mais de 20 minutos. O momento de acusações mútuas entre os parlamentares teve início quando a deputada Dani Monteiro (PSOL) começou a dizer, com o painel aberto, que aquele era “um dia triste”.
O início da frase teve uma reação imediata dos colegas, que a interromperam dizendo que havia acordo de votar “Sim” ou “Não” sem discursos. Os apoiadores de Bacellar, ligados à direita, afirmavam que o acordo não previa discursos durante os votos e a esquerda acusava a existência de uma “Tropa do Bacellar”, para cercear os discursos.
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Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj aprovou o Projeto de Lei votado nesta tarde, que manifesta uma posição do parlamento fluminense pela inconstitucionalidade da prisão. A votação deixou de fora a possibilidade de Bacellar voltar à presidência.
Bacellar está preso desde a quarta-feira (3), suspeito de vazar informações de uma operação policial que tinha como alvo um colega, o deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias. Desde então, ele é mantido em uma sala da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.






