A ministra da Igualdade Racial, Annielle Franco, se pronunciou pela primeira vez, na noite desta sexta-feira (5), após o presidente Lula (PT) demitir Silvio Almeida da chefia do Ministério dos Direitos Humanos após denúncias por suposto suposto assédio sexual. Anielle afirmou que "não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência".
Mais cedo, a ministra se reuniu com o petista e com outros ministros do governo e teria confirmado que se sentiu assediada por Almeida. Após a confirmação, Lula convocou o ministro ao Planalto e o demitiu.
“Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi”, disse a ministra, em nota divulgada nas redes sociais.
Anielle destacou que “tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência”.
A ministra pediu respeito ao seu direito à privacidade e disse que continuará contribuindo com as apurações.
“Sabemos o quanto mulheres e meninas sofrem todos os dias com assédios em seus trabalhos, nos transportes, nas escolas, dentro de casa. E posso afirmar até aqui, que o enfrentamento a toda e qualquer prática de violência é um compromisso permanente deste governo”, disse.
As denúncias contra Almeida foram divulgadas nesta quinta (5) pelo portal Metrópoles, que revelou o caso, e pela Folha de S. Paulo. A organização Me Too Brasil afirmou que recebeu relatos de assédio contra o ex-chefe da pasta de Direitos Humanos.
O ex-ministro negou as acusações, dizendo que se tratavam de “ilações absurdas” e sem provas feitas para prejudicá-lo. A Polícia Federal e a comissão de Ética da Presidência da República abriram procedimentos para investigar os fatos.
Veja a íntegra da nota da ministra Anielle Franco
“Hoje eu venho aqui como mulher negra, mãe de meninas, filha, irmã, além de Ministra de Estado da Igualdade Racial.
Eu conheço na pele os desafios de acessar e permanecer em um espaço de poder para construir um país mais justo e menos desigual.
Desde 2018, dedico minha vida para que todas as mulheres e pessoas negras possam estar em qualquer lugar sem serem interrompidas.
Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi.
Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência.
Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei com as apurações, sempre que acionada.
Sabemos o quanto mulheres e meninas sofrem todos os dias com assédios em seus trabalhos, nos transportes, nas escolas, dentro de casa. E posso afirmar até aqui, que o enfrentamento a toda e qualquer prática de violência é um compromisso permanente deste governo.
Sigo firme nos passos que me trouxeram até aqui, confiante nos valores que me movem e na minha missão de trabalhar por um Brasil justo e seguro pra todas as pessoas".
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