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O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida| Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Sílvio Almeida, usou as redes sociais neste domingo (24) para defender a regulação das redes sociais no Brasil, ao comentar a morte de uma jovem que foi alvo de fake news. De acordo com Sílvio Almeida, "a regulação das redes sociais torna-se um imperativo civilizatório".

A estudante mineira Jéssica Canedo, de 22 anos, apareceu em conversas falsas com o humorista Whindersson Nunes, divulgadas por perfis de fofoca em redes sociais, que diziam que os dois viviam um relacionamento amoroso. Antes de morrer, a jovem publicou texto dizendo sofrer ataques na internet, depois dos sites divulgarem que os dois teriam um relacionamento.

Antes de morrer, Jéssica publicou um texto afirmando que, por causa das fake news, estava sofrendo ataques pela internet. A família dela informou que ela já sofria de depressão.

"Tragédias como esta envolvem questões de saúde mental, sem dúvida, mas também, e talvez em maior proporção, questões de natureza política", escreveu Silvio Almeida em seu perfil no X (antigo Twitter).

Projeto das Fake News tramita na Câmara dos Deputados

Ao citar o caso da jovem, o ministro dos Direitos Humanos republicou post feito pelo relator do projeto de lei das fake news, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), em análise na Câmara dos Deputados.

O projeto chegou a ter a urgência aprovada no primeiro semestre do ano, e prevê a regulação das big techs, mas encontra forte resistência de setores e da oposição no Congresso, que alega que o texto seria uma espécie de censura ao conteúdo publicado em redes sociais.

"As responsabilidades [no caso de Jéssica] precisam ser apuradas e os autores, identificados e punidos. Não é um debate de esquerda ou de direita, é da civilização! Há que se solucionar a grande questão: as plataformas não são neutras, os algoritmos premiam o extremo, o grotesco, a destrutivo, o aberrante, o caótico. E isso é pago! Há gente lucrando com a degeneração da sociedade", escreveu o parlamentar.

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