O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quarta-feira (21) o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro ocorre depois deles trocarem críticas entre eles, na última semana.
Em entrevista a uma rádio gaúcha, na sexta-feira (16), Lula disse que Leite “nunca está contente” com os investimentos e medidas do governo federal ao Rio Grande do Sul, após as enchentes no estado. Por sua vez, o governador armou as críticas ao governo federal, afirmando que nem tudo o que foi prometido efetivamente chegou ao estado.
A reunião nesta quarta ocorreu para "acirrar os ânimos" entre os dois e para definir as obras de drenagem no estado que serão financiadas pelo governo federal através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ao sair do encontro com Lula, Leite criticou o que chamou de “descompasso” entre as promessas e ações de socorro efetivas para reconstruir o estado.
"O presidente falou que o governador tem que agradecer, eu faço agradecimento, mas eu não deixo de demandar, não deixo de reclamar, não deixo de criticar se for o caso. E entendo que é meu papel, como governador, fazer isso diante de um Estado que enfrentou uma grave calamidade, precisa de todo apoio, teve apoio, está tendo apoio, mas o que eu tenho mostrado é, tem um descompasso entre o apoio que é anunciado e o apoio que se está efetivando lá na ponta. E é isso que a gente demanda", declarou aos jornalistas.
"Eu não faço a crítica para que seja o governo fustigado, eu faço a crítica para que ajustem, melhorem, aprimorem e entreguem a população, o que eles mesmos se propõem", complementou Leite.
Em relação as críticas ao governo Lula, Leite disse que é algo comum e que eles já haviam se acertado no mesmo dia, no Rio Grande Sul. . "O presidente é um ser político que faz as suas manifestações, faz as suas críticas, as suas análises, faz o debate público do seu ponto de vista, tanto quanto eu", disse.
De acordo com Leite, o governo anunciou R$ 1,2 bilhão para um programa voltado a manutenção do emprego e renda, dos quais foram acessados apenas R$ 170 milhões. Ele reforçou a preocupação com cenário de desemprego devido a situação financeira de empresas que foram afetadas pelas chuvas.
"Não é porque as empresas não precisem, é porque as regras do programa ficaram muito engessadas e acabam limitando o acesso a esses recursos. O presidente ouviu, tomou nota, encaminhou esse tema com os ministros e eu tenho a expectativa de que sejam tomadas providências que ajudem a fazer com que esse recurso possa efetivamente proteger o emprego e a renda no Rio Grande do Sul. Embora tenhamos aí um processo de recuperação, tem muitas empresas com muitas dificuldades ainda que precisam ser atendidas para evitar demissões. Isso é urgente para o Estado", disse.
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