O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, voltou a defender, nesta quinta-feira (22), a regulação das redes sociais no Brasil durante uma roda de conversa com influenciadores digitais. O segundo dia do evento “Leis e likes: o papel do Judiciário e a influência digital” reuniu 25 criadores de conteúdo no STF.
Barroso citou que conteúdo de “ódio e coisas negativas” atraem mais cliques que o discurso moderado. Para o ministro, é preciso “enfrentar isso com regulação e alguma dose de repressão”. Ele ressaltou que, “acima de tudo”, é necessário que a população tenha uma “educação midiática”, informou o portal Poder360.
“Como o ódio e as coisas negativas trazem mais cliques, nós temos um problema, que é um modelo de negócio que tem um incentivo natural de explorar as coisas negativas. Nós temos que enfrentar isso”, disse.
“E eu acho que você pode enfrentar isso com regulação e alguma dose de repressão, mas vai enfrentar, acima de tudo, com educação midiática e com debate público de qualidade”, acrescentou o ministro ao participar do painel “Como o trabalho da Justiça impacta a sociedade”.
“Barroso observou que é preciso reavivar a capacidade de comunicar pontos de vista diferentes em um mundo plural”, disse o STF, em nota. O presidente do STF já defendeu a regulação das redes em outras ocasiões. Em entrevista ao portal Metrópoles, nesta segunda (19), o ministro afirmou que qualquer plataforma que descumpra ordem judicial deve ser multada e, em caso de reincidência, impedida de atuar no país.
O ministro também respondeu a perguntas dos influenciadores sobre diversos assuntos, como direitos humanos, paridade de gênero, equidade racial, liberdade de expressão e linguagem simples.
Corte organizou evento para “aproximar a Justiça da sociedade”
O vice-presidente da Corte, Edson Fachin, e os ministros André Mendonça e Cármen Lúcia participaram de rodas de conversas. Fachin defendeu que “não há atalho para prestar a devida informação” à população durante o painel “Como a influência digital pode aproximar a justiça da população”, informou o STF.
Mendonça incentivou os influenciadores a continuarem exercendo seu papel social na internet, apesar dos problemas relatados por alguns participantes do evento. “Há, aqui, várias correntes e perspectivas e, especialmente, a capacidade de influenciar o país todo de uma nova maneira. Um exercício bom é procurarmos ser instrumentos na busca de uma civilidade na sociedade”, disse.
Já a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, apresentou aos criadores de conteúdo recursos de segurança e acessibilidade da urna. O evento foi uma realização conjunta entre o STF, a organização Redes Cordiais e o Instituto Vero, do youtuber Felipe Neto.
Integraram o grupo influenciadores digitais: Afroragga; Aline de Assis; Atila Iamarino; Cainã, Cauê e Ynaê Morellato; Estevão Lopes; Fábio Cruz; Felipe Voigt; Flávia Paixão; Gis Corrêa; João Carlos Amador; Kananda Eller; Laryssa Schneider; Luiza Brunet; Mateus Silveira; Noslen Borges; Pastor Pedrão; Renan Quinalha; Rico Timm; Rodrigo França; Spartakus; Tawany Rocha; Tiele Miranda e Vitória Mesquita.
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