O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros, militares e aliados prestarão depoimento à Polícia Federal nesta quinta (22) no âmbito das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder, e que culminaram com a deflagração da Operação Tempus Veritatis, há duas semanas.
Os depoimentos serão realizados simultaneamente às 14h30 em Brasília, para se evitar uma combinação de versões. A expectativa, no entanto, é de que eles permaneçam em silêncio sob a alegação de que não tiveram acesso ao teor completo da delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que embasou parte da investigação.
Entre os convocados estão o próprio ex-presidente, os ex-ministros Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Mário Fernandes (Secretaria-Geral da Presidência), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Casa Civil), além de militares e políticos, como o coronel Marcelo Costa Câmara, o almirante Almir Garnier, o coronel Cleverson Ney Magalhães, o ex-assessor Tércio Arnaud e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, entre outros.
A operação foi deflagrada a partir da investigação de um suposto esquema para levar a uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Parte das investigações se baseia em uma reunião ministerial ocorrida em julho de 2022 e na delação premiada de Cid, preso no ano passado no âmbito da apuração de fraude na carteira de vacinação do ex-presidente.
Os advogados de Bolsonaro afirmam que ele permanecerá em silêncio após terem negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (PF) vários pedidos de acesso aos autos da investigação. A defesa pediu para analisar mídias digitais coletadas em telefones e computadores dos investigados durante a operação.
A investigação aponta que Bolsonaro teria tido acesso e sugerido alterações à minuta que pretendia instaurar um estado de sítio no Brasil com a prisão de autoridades como os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O documento ainda definia a realização de novas eleições.
Durante a operação, realizada no começo do mês, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares contra Bolsonaro e aliados. O ex-presidente teve de entregar o passaporte à autoridade e foi proibido de manter contato com os outros investigados.
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