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Jair Bolsonaro (PL) cancelou a primeira entrevista que concederia após ser preso, o que ocorreria às 13h desta terça-feira (23). O ex-presidente comunicou a decisão ao portal Metrópoles em um bilhete de próprio punho: "Informo que não concederei entrevista nesta data, por questões de saúde." Ainda não há previsão para um novo encontro entre Bolsonaro e a imprensa.
Logo após a prisão, diversos veículos de imprensa pediram ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorização para entrevistar o ex-presidente, condenado a 27 anos e três meses de prisão. Um dos veículos a ir aos autos foi o SBT News, envolvido em uma polêmica com a direita após a cerimônia de lançamento, que contou com a participação de Moraes e do presidente Lula (PT).
Moraes decidiu, "em virtude das diversas negativas do custodiado em conceder entrevistas", que os pedidos deveriam passar, antes, pela defesa do ex-presidente. Os autos da execução penal se dividem entre os pedidos de entrevista, autorizações para visitas e pedidos para procedimentos médicos.
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O ex-presidente fará uma cirurgia para tratar de uma hérnia inguinal, após solicitação da defesa para que o procedimento ocorresse em caráter de emergência. Outro pedido foi o de prisão domiciliar humanitária, para que o presidente se recuperasse em casa. Este, porém, foi negado.
Bolsonaro tem se queixado de crises de soluço constantes. Um dos laudos constantes dos autos fala de uma frequência de 40 soluços por minuto. O ex-vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ainda detalhou que seu pai possui problemas cardiovasculares. Moraes autorizou a consulta, sempre que necessário, de um cardiologista, além da realização de fisioterapia, indicada para prevenir complicações no quadro de Bolsonaro.
