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Reunião do presidente Jair Bolsonaro com ministros em 22 de abril de 2020. Segundo o ex-ministro Sergio Moro, vídeo do encontro teria provas de que presidente tentou interferir na Polícia Federal.
Reunião do presidente Jair Bolsonaro com ministros em 22 de abril de 2020. Segundo o ex-ministro Sergio Moro, vídeo do encontro teria provas de que presidente tentou interferir na Polícia Federal.| Foto: Marcos Correa/PR

Na reunião ministerial divulgada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz vários ataques ao Supremo e dá a entender que pode desobedecer decisões da Corte. O presidente também reclamou da atuação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e falou sobre os pedidos para apresentação de seu exame de coronavírus e dos pedidos de impeachment.

“Paralelamente a isso tem aí OAB da vida, enchendo o saco do Supremo, pra abrir o processo de impeachment porque eu não apresentei meu ... meu exame de... de vírus, essas frescurada toda, que todo mundo tem que tá ligado”, disse Bolsonaro.

O presidente também deu a entender que, caso o STF decidisse proibir que ele participasse de manifestações por causa da pandemia de coronavírus, não iria obedecer. “Por exemplo, quando se fala em possível impeachment, ação no Supremo, baseado em filigranas, eu vou em qualquer lugar do território nacional e ponto final! O dia que for proibido de ir... pra qualquer lugar do Brasil, pelo Supremo, acabou o mandato. E, espero que eles não decidam, ou ele, né? Monocraticamente, querer tomar certas medidas porque daí nós vamos ter um... uma crise política de verdade. E eu não vou meter o rabo no meio das pernas. Isso daí... zero, zero. Tá certo? Porque se eu errar, se achar um dia ligação minha com empreiteiro, dinheiro na conta na Suíça, porrada sem problema nenhum. Vai pro impeachment, vai embora. Agora, com frescura, com babaquice, não”, disse.

O presidente também comentou a sua participação nas manifestações antidemocráticas em Brasília no dia 19 de abril. Bolsonaro discursou aos manifestantes em cima de uma caminhonete em frente ao Quartel General do Exército em Brasília. O STF abriu um inquérito para apurar a responsabilidade pelos atos.

“Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. Ponto final. O pessoal tava lá, eu fui lá. Dia do Exército. E falei algo que eu acho que num tem nada demais. Mas a repercussão é enorme. ‘Ó, o Al-5’. Cadê o Al-5? Ca .. . cabou com a ... o AJ-5 não exis ... não existe ato institucional no Brasil mais. É uma besteira. Artigo um, quatro, dois. É um pessoal que não sabe interpretar a Constituição. Agora em cima disso fazer uma onda?”, disse o presidente.

Durante a reunião, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, também sugeriu prender os ministros do STF. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca”, disse.

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