O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (20), durante ato de pré-campanha em Niterói (RJ), que pela primeira vez o Brasil tem um presidente sem povo, numa referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nós podemos ver um time de futebol campeão sem torcida. Mas um presidente sem povo, é a primeira vez que está acontecendo no Brasil", disse, durante ato de pré-campanha em Niterói (RJ), onde discursou para manifestar apoio ao deputado federal e pré-candidato a prefeito Carlos Jordy, do PL.
Em boa parte do discurso, elogiou seu governo em comparação com a atual gestão. Lembrou que reduziu o número de ministérios, reverteu o prejuízo das estatais para dar lucro, resgatou o patriotismo, despertou a população para conhecer a política, facilitou o acesso a armas de fogo e reduziu o número de homicídios. Falou ainda também sobre a situação do Nordeste, “que deveria ser a melhor região do Brasil”.
“O PT comanda por mais de 20 anos. As escolhas levam a esse estado de coisas. Hoje tem PT, tem fome, tem miséria, tem índice de criminalidade maior que qualquer região. Não tem esperança, não tem futuro, não tem educação, não tem saneamento. Temos que nos afastar dessas ideologias de esquerda. Quando o Jordy fala de Niterói, aqui é um berço muito grande do PT. Como os petistas dizem, vivem às custas do Estado. Aqui são 70 secretarias, para acomodar seus chupins, aqueles que nada produzem, que vivem às custas do impostos que vocês pagam. Querem mudar? Tirem o PT de lá”, disse.
Antes, mencionou a questão tributária, foco de intensa crítica na última semana sobre o governo Lula – o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o principal alvo, com uma enxurrada de memes na internet.
“O governo federal sempre arrecadou demais. O que fizemos? Zeramos impostos federais, do diesel, da gasolina, do etanol e do gás de cozinha. Zeramos o imposto de importação de dezenas de produtos, como pneus de caminhões, peças para tratores, games, jet-ski, veleiro, equipamentos para energia solar. Também reduzimos o IPI de 4 mil produtos. E acreditem: reduzindo impostos, passamos a arrecadar mais no Brasil. É o efeito confiança. Quando você pega o empreendedor, o empresário, e aumenta sua carga tributária. Ele tem duas opções: quebrar ou sonegar. Isso começou a deixar de existir no Brasil”, disse.
“Taí o motivo de mais arrecadação. Em cima disso, todos passaram a ganhar mais no Brasil, dos mais ricos aos mais humildes. Minha política não é dividir, não é tirar de quem tem para dar para o que não tem. Porque no final todos ficarão sem nada. Eu uso e sempre usei as operações de somar e multiplicar”, continuou.
Depois citou um meme com duas imagens. “Está lá o líder da esquerda, o socialista, se dirigindo para os seus e pergunta quem odeia o rico, todo mundo levantou a mão. E pergunta quem quer ser rico, e todo mundo levanta a mão. São as incoerências. Não pode pregar a facilidade apenas, tirando de quem tem para dar para quem não tem, como se isso fosse a solução definitiva. Isso leva todos à miséria, como estão nossos irmãos venezuelanos. Um país mais rico em petróleo, mas um povo que já está vivendo uma situação social pior que o Haiti.”
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