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Bolsonaro e Tarcísio se reuniram em evento de apoio a Nunes, em São Paulo.
Bolsonaro e Tarcísio se reuniram em evento de apoio a Nunes, em São Paulo.| Foto: EFE/ Sebastiao Moreira.

Apesar de estar inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou, nesta terça-feira (22), que será candidato da direita ao Planalto em 2026. A declaração ocorreu após um evento de campanha em apoio ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição.

“Quem é o substituto do Lula no Brasil, na política? Não tem. E do Bolsonaro? Tem um montão por aí. Eu colaborei, eu fui a maior liderança, estou muito feliz com isso, fiz um bom governo, o povo reconhece. Sou recebido por multidões em qualquer lugar do Brasil. O pessoal tem saudade de mim. Sou o ex mais amado do Brasil”, declarou o ex-mandatário a jornalistas.

Questionado sobre quem seria seu preferido na disputa pela presidência em 2026, Bolsonaro disse que é o “Messias”, referindo-se a si mesmo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado um dos principais nomes para substituir o ex-presidente em 2026, desconversou ao ser perguntado se aceitaria o apoio do MDB, de Nunes, nas próximas eleições. “O candidato a presidente é Bolsonaro”, ressaltou.

Impasse sobre disputa presidencial em 2026

Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos após ele criticar a segurança das urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores, em julho de 2022. Com isso, ele está impedido de disputar qualquer cargo público até 2030.

O ex-presidente alega ter sido alvo de “perseguição” em um “julgamento político”. Além disso, tem reforçado que será o postulante da direita nas próximas eleições, após o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sinalizar que o partido avalia um novo nome.

Em entrevista à GloboNews, no último dia 11, o dirigente disse acreditar na possibilidade de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro. No entanto, indicou que já analisa um substituto para as próximas eleições, o mais cotado é Tarcísio de Freitas.

“Eu acho que o Bolsonaro ainda vai ser candidato. Quando o Lula estava preso, vocês achavam que ele ia ser candidato? Ninguém achava no Brasil. Mas eu acho que vai ter uma saída para isso. A gente vai tentar votar a anistia”, afirmou o dirigente na ocasião.

Dias depois, Bolsonaro rebateu Valdemar, disse que disputará a presidência e ameaçou "jogar a toalha", caso permaneça inelegível no próximo pleito. Diante da repercussão, o presidente do PL se retratou. “Ele ficará elegível e será candidato em 2026, é esperar para ver”, disse Valdemar em vídeo divulgado nas redes sociais.

Bolsonaro cita "dor de cabeça" com Marçal e ri de exigência de retratação

Durante a coletiva, o Bolsonaro negou ter qualquer relação com Pablo Marçal (PRTB), ex-candidato a prefeito de São Paulo. O ex-coach chegou a condicionar uma possível declaração de apoio ao atual prefeito a um pedido de desculpas de Bolsonaro e Tarcísio pelas críticas durante a campanha.

Questionado sobre a exigência de retratação, o ex-presidente riu e lembrou que teve apenas uma reunião reservada com o empresário há três meses. “Ele saiu dali falando que eu ia apoiá-lo, mas não era verdade”, ressaltou.

“O pessoal da direita achou que eu estava com ele e não estava, não era verdade. Lamentavelmente isso aconteceu, depois foi uma dor de cabeça enorme para a gente mostrar que o nosso candidato era quem já vinha dando certo, quem tinha tudo para continuar um bom trabalho aqui em São Paulo e aconteceu”, emendou Bolsonaro.

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