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Posse de Trump

Bolsonaro diz que Trump já influencia no mundo e pode ajudar a reverter inelegibilidade

Jair Bolsonaro
Ex-presidente ainda teme que Moraes decrete o uso de tornozeleira eletrônica após negar devolução do passaporte. (Foto: André Borges/EFE)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (18) que espera ajuda do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para reverter a inelegibilidade no Brasil. Trump toma posse do cargo na segunda (20), mas já estaria exercendo influência no mundo.

Bolsonaro não explicou como essa intervenção poderia ocorrer, mas que outros países já estão passando por mudanças desde que Trump ganhou as eleições presidenciais americanas no ano passado.

“Primeiros-ministros que estão caindo, Hamas fazendo acordo, o [Justin] Trudeau renunciou. No México, grandes apreensões foram feitas. [...] Mas, com toda certeza, se ele me convidou, ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil afastando inelegibilidades politicas, como essas duas minhas que eu tive”, declarou mais cedo após a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, embarcar para os Estados Unidos representá-lo na posse.

Bolsonaro está inelegível até 2030 devido a decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relacionadas a questionamentos ao sistema eleitoral e ao suposto uso político de eventos como o 7 de Setembro. Além disso, ele também está entre os 40 indiciados pela alegada tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-presidente afirmou que Trump “não vai admitir certas pessoas pelo mundo perseguindo opositores”. “O que chama de lawfare, que ele sofreu lá. Grande semelhança entre ele e eu. Também sofreu atentado. [...] Não vou dar palpite nem sugestão ele sabe o que esta acontecendo”, completou.

Tornozeleira eletrônica

Bolsonaro também manifestou preocupação com possíveis medidas judiciais, como a decretação do uso de tornozeleira eletrônica por Moraes após ter o pedido de devolução do passaporte negado por risco de fuga do país.

“Eu sou preso politico, apesar de estar sem tornozeleira eletrônica. Espero que a sua Excelência não queira colocar em mim, para humilhar de vez, uma tornozeleira eletrônica. Estou sim constrangido. Queria estar acompanhando minha esposa”, disse.

A defesa de Bolsonaro tentou reaver o passaporte nesta semana, mas o pedido foi negado por Moraes, que acatou a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o ministro, há risco de fuga do ex-presidente, que enfrenta processos relacionados a uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Moraes citou uma entrevista em que Bolsonaro admitiu a possibilidade de buscar refúgio em uma embaixada no Brasil caso tivesse sua prisão decretada.

Os advogados de Bolsonaro argumentaram que as medidas cautelares impostas são excessivas, reforçando que ele ainda não foi condenado e que voltou ao Brasil após viajar à Argentina para a posse do presidente Javier Milei, o que, segundo eles, refuta a tese de risco de fuga.

Apesar das alegações, Moraes manteve as restrições, justificando-as pela gravidade das acusações e pelo contexto das investigações em andamento.

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