O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso prorrogou nesta terça-feira (6) por mais 60 dias a apuração preliminar sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia aberta a partir da CPI da Covid. A investigação também tem como alvos aliados do mandatário. Eles são investigados por suposta incitação ao crime durante a pandemia de Covid-19 ao desestimular o cumprimento de medidas sanitárias.
Em novembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento da apuração. No entanto, Barroso decidiu aguardar o relatório final da Polícia Federal antes de se manifestar, informou o Estadão. Na decisão, o ministro afirmou que ainda necessário sistematizar todos os documentos entregues pela comissão.
"Tendo em vista que a sistematização da documentação apresentada pela Comissão Parlamentar de Inquérito ainda não foi concluída, defiro o pedido de prorrogação do prazo para continuidade das investigações por mais 60 dias", escreveu Barroso.
Além de Bolsonaro, a apuração preliminar tem como alvos o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) e os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Osmar Terra (MDB-RS), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP) e Carlos Jordy (PL-RJ).