A Comissão de Ética Pública da Presidência da República impôs censura ética ao ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e ao ex-secretário nacional de Cultura, deputado federal Mário Frias (PL-RJ). Trata-se de uma repreensão pública devido a "condutas inadequadas" por parte das autoridades, mas a decisão não impede ninguém de exercer novos cargos públicos.
Weintraub recebeu a punição ética, devido a uma manifestação feita em 2019, durante uma audiência na Câmara dos Deputados, onde mencionou que as universidades federais do país eram locais de plantações de maconha.
Em nota enviada à Gazeta do Povo, o ex-ministro disse: "acho que eu sou a pessoa com mais processos na comissão de ética da presidência na história da república. Isso sem uma única suspeita de corrupção, assédio ou condenação judicial. Não recebi jóias, barras de ouro, triplex, etc".
Já o deputado Mário Frias recebeu a censura ética por postagens na rede social, feitas em 2021, quando disse que o historiador e ativista negro Jones Manoel “precisa de um bom banho", entre outras provocações contra o ator Wagner Moura e o ex-governador de São Paulo João Doria. A Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria do deputado, mas ainda não obteve um retorno sobre punição.
A Comissão também instaurou um processo de apuração contra Gilson Machado, ex-ministro de Turismo e ex-presidente da Embratur, por “supostas declarações de caráter antiético” ao sugerir que Lula precisava “tomar uma dose de cachaça para ficar no meio do povo.”