O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello| Foto: JOSE DIAS

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tem três dias para responder ao Ministério Público Federal (MPF) qual é a efetiva prioridade na vacinação da população quilombola contra a Covid-19. Inicialmente, a parcela foi incluída entre os grupos prioritários na fila de vacinação, como mostra o plano nacional de imunização apresentado pela pasta ao Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro. No entanto, a estimativa de distribuição das doses reservadas para as primeiras etapas da campanha não identifica explicitamente a população.

Em ofício enviado ao general na terça (19), a Procuradoria pede esclarecimentos sobre a "omissão" e afirma que em uma análise preliminar, a falta de uma diretriz clara sobre a prioridade de imunização dos quilombolas parece ter contribuído para que alguns Estados tenham excluído o grupo de seus planos de vacinação. Em São Paulo, por exemplo, o governador João Doria (PSDB) havia tirado prioridade dos quilombolas. O tucano voltou atrás após a repercussão negativa da exclusão.

Por fim, pede que o Ministério da Saúde apresente a base de dados usada para estimar o número de vacinas necessárias à imunização dos indígenas.