O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu nesta segunda-feira (18) que nenhuma política de saúde pública do país seria afetada pelo fim da emergência sanitária no Brasil, decretada em razão da Covid-19. Segundo ele, o momento é de transição. “É necessário que haja uma transição para que não tenhamos prejuízos na assistência à saúde. Quero frisar que nenhuma política pública de saúde será interrompida. Absolutamente nenhuma. Até porque todas elas foram instituídas pelo governo federal por intermédio do Ministério da Saúde”, disse o ministro.
Somente no Ministério da Saúde, 170 regras podem mudar com o fim da emergência sanitária. Mas, algumas mudanças já entraram em vigor, como o fim da apresentação de teste de Covid para a entrada de viajantes no país e a extinção da obrigatoriedade de máscara em ambientes fechados de trabalho.
Ele esclareceu, contudo, que não é o fim da pandemia, lembrando que os brasileiros ainda convivem com a doença. Nos próximos dias, um ato normativo deve ser editado para formalizar a decisão. “Na realidade esse ato normativo apenas reconhece o que nós já vivemos no Brasil atualmente”, disse. “O fato está aí. Nós temos um cenário epidemiológico equilibrado e a norma tem que ser adequada para que a população brasileira tenha segurança jurídica e o nosso Brasil possa seguir o seu grande destino”, afirmou Queiroga.
“A Covid não acabou e nem vai acabar, pelo menos nos próximos tempos, e nós precisamos conviver com essa doença e conviver com esse vírus. Felizmente, parece que o vírus tem perdido a força, tem diminuído a letalidade, e cada dia nós vislumbramos um período pós-pandêmico mais próximo de todo mundo. Isso é o que nós pensamos", disse o ministro.
Durante pronunciamento em rede nacional no domingo (17), Queiroga anunciou que iria decretar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin). Ele também fez um breve balanço das ações do governo federal no combate à pandemia. A decisão foi tomada, segundo o ministro, graças à vacinação em massa.
No discurso, Queiroga expressou solidariedade aos familiares de vítimas e agradeceu médicos e profissionais de saúde, além de mencionar a quantidade de brasileiros vacinados. O ministro também falou sobre o fortalecimento do SUS e da importância da atenção primária.