O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) é o favorito para vencer as eleições do Senado, mas, antes da provável confirmação de sua vitória, ele e aliados vão ouvir algumas críticas. Isso porque, além da candidatura independente de Simone Tebet (MDB-MS), outras três candidaturas avulsas são esperadas: as de Lasier Martins (Podemos-RS), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Major Olimpio (PSL-SP), todos integrantes do chamado Muda Senado.
Cada candidato tem o direito de subir à tribuna e defender sua candidatura. Martins, Kajuru e Olimpio vão usar o púlpito para protestar contra a candidatura de Pacheco. "A vitória dele não impede que a gente faça uma candidatura de protesto e de denúncia ao afrontamento que chegou o Senado na atualidade", diz Lasier Martins à Gazeta do Povo.
Opositor de Pacheco e seu principal cabo eleitoral, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Martins admite que a tendência é uma vitória do DEM. "Até com boa margem”, afirma. As críticas do Muda Senado seguem a leitura de que, com Pacheco no comando do até 2022, a Casa permaneça subserviente ao governo federal.
O senador cita, como exemplo, as recentes emendas liberadas para consolidar votos na Câmara e no Senado. E lembra que, em 2020, mais recursos foram liberados. “Começou em junho. O Senado vem perdendo muito sua independência. Há uma interferência explícita [do Executivo] que o [presidente Jair] Bolsonaro vem mostrando em favor do Rodrigo”,
A candidatura de Martins, reforça o senador, é justamente para protestar o que ele considera ser uma contradição à renovação de 85% dos assentos na Casa nas eleições de 2018. “Eu, o [Major Olimpio] e o [Jorge] Kajuru não temos possibilidade de ganhar, nem criamos ilusão disso. Mas vamos com nossas candidaturas de protesto, para dar o recado dos eleitores, que não foi obedecido pelo Senado”, diz.