O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou 91,5 mil beneficiários do Bolsa Família e auxílio emergencial que doaram para campanhas eleitorais neste ano. Segundo o G1, os valores chegam a R$ 77,5 milhões. O Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, do TSE, foi o responsável pelo relatório que apontou os dados. Foram detectados nas análises 221.355 possíveis casos de irregularidades em gastos de campanha nas eleições 2020, no valor total de R$ 954,7 milhões.
Entre as possíveis irregularidades apontadas pelo relatório estão: 45.780 fornecedores com sócios entre pessoas beneficiárias do programa Bolsa Família, o valor envolvido é de R$ 612,6 milhões. Os técnicos também encontraram: 4.865 fornecedores sem registro na Receita Federal ou na Junta comercial que receberam R$ 5,6 milhões; 3.773 doadores com renda incompatível com o valor repassado, que resultaram em R$ 32,8 milhões.
Pelo menos 4.590 doações foram feitas por pessoas sem emprego formal registrado, os valores doados chegaram a R$ 18,1 milhões; e 34 pessoas que teriam doado para campanhas, na verdade constam do Sistema de Controle de Óbitos, as doações neste caso chegaram a R$ 47,9 mil. A partir do documento, juízes eleitorais podem conceder autorização para novas investigações.