A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi convidada a comparecer na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (16), para prestar esclarecimentos acerca dos incêndios que têm assolado diversas regiões do país e seus impactos na agropecuária.
Inicialmente, o pedido era uma convocação mas foi transformado em convite. A audiência foi solicitada pelos deputados Evair de Melo (PP-ES), presidente da Comissão, e Rodolfo Nogueira (PL-MS), vice-presidente.
No documento, o deputado Nogueira destaca a gravidade da situação e cita que "os incêndios já destruíram mais de 59 mil hectares de áreas agrícolas, gerando prejuízos bilionários e afetando diretamente a balança comercial brasileira". Segundo o parlamentar, o setor agropecuário enfrenta uma crise que exige medidas imediatas e eficazes por parte do Ministério do Meio Ambiente.
“A convocação da ministra se faz imprescindível diante da gravidade dos incêndios que se alastram por extensas áreas do território nacional, atingindo diretamente a agropecuária. É urgente que o governo apresente soluções concretas para mitigar esses efeitos devastadores”, afirmou Nogueira.
O deputado ressalta que os incêndios também impactam na produtividade agrícola, com o aumento dos preços de insumos essenciais como o etanol, além de comprometer o planejamento industrial de grandes empresas do setor.
A expectativa dos parlamentares é que Marina Silva deverá explicar as ações adotadas pelo Ministério para enfrentar a crise e apresente planos de mitigação para proteger as áreas agrícolas e evitar novos danos. Ainda não há conformação do Ministério sobre a presença da ministra.
"O comparecimento da ministra à Comissão reforça a pressão do setor agropecuário sobre o governo em busca de respostas e soluções para a crise ambiental que tem afetado diretamente a produção agrícola no Brasil", reforça Nogueira.
Recentemente, o governo do presidente Lula cobrou R$ 89 milhões em multas de produtores por supostas queimadas ilegais nos estados do Amazonas, Rondônia e Pará. Apenas em uma delas, de R$ 49 milhões, o órgão alega que houve devastação para atividades agropastoril em 2,6 mil hectares de mata nativa no município de Lábrea (AM).
Entre janeiro e setembro deste ano, mais de 223 mil km² foram atingidos pelas chamas em todo o país, uma área equivalente ao estado de Roraima. Isso representa um aumento de 150% em relação ao mesmo período de 2023, quando 90 mil km² foram queimados.
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