A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Petrobras oficializaram, nesta segunda-feira (29), um acordo para prevenção e combate à corrupção. A iniciativa ocorre 10 anos após o início da Operação Lava Jato, que revelou um esquema de propina em obras contratadas pela estatal.
O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, assinaram um Acordo de Cooperação Técnica. A petroleira solicitou a parceria para “melhorar a produção de informações estratégicas, focando tanto na prevenção quanto na detecção de irregularidades e indícios de fraudes”.
“O acordo reforça a implementação de medidas de incentivo à adoção de práticas de integridade, prevenção e combate à corrupção, promoção da transparência e da ética e defesa do patrimônio público. Petrobras e CGU já atuam de forma colaborativa sistematicamente. Com esse acordo, estamos dando um passo além nessa parceria", ressaltou Chambriard.
Em nota, a CGU destacou que a medida é um “passo importante na busca por uma governança mais robusta, pela integridade nas operações da estatal e pelo compromisso com a melhoria contínua dos processos e confiança dos stakeholders”.
"A colaboração entre a Petrobras e a CGU representa um marco significativo na luta contra a corrupção, destacando o compromisso da estatal em aprimorar seus mecanismos de controle”, disse Carvalho.
O acordo prevê o desenvolvimento de procedimentos de cooperação técnica e operacional, com troca de informações e tecnologias. “O objetivo é incentivar a adoção de práticas de integridade, promover a transparência, estimular o controle social, fortalecer a gestão pública e proteger o patrimônio público”, disse a CGU.
O Tribunal de Contas da União (TCU) fez um estudo econométrico em 2020 para apurar os prejuízos causados pelo “cartel que teria atuado em contratações da Petrobras entre 2004 e 2012”. Segundo o estudo, que excluiu os aditivos contratuais, o valor a mais em cada contratação, em virtude do conluio, era de 14,53%.
Ao todo, as empresas que “comprovadamente fizeram parte” desse cartel causaram prejuízo à Petrobras de R$ 12,3 bilhões à época, segundo o levantamento do TCU. Em dezembro de 2014, meses após o início das investigação, a Lava Jato denunciou 36 pessoas, entre elas executivos de seis empreiteiras, e cobrou deles R$ 1 bilhão que teria sido desviado da Petrobras entre 2004 e 2012.
Eleições municipais cumprem etapa do plano da direita para comandar o Senado em 2027
Judiciário impulsiona ascensão do PSOL como protagonista da agenda abortista
Padres e pastores são alvos de processos por homofobia; IBDR faz abaixo-assinado
Como foi o desempenho dos políticos nas cidades mais atingidas pelas enchentes no RS
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião