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27 anos de prisão

Com recursos chegando ao fim, Moraes pode definir início da pena de Bolsonaro

Com recursos chegando ao fim, Moraes pode definir início da pena de Bolsonaro
Prazos para Bolsonaro recorrer de condenação terminam na próxima semana e Moraes pode decretar o ínicio do cumprimento da pena de prisão. (Foto: EFE/Andre Borges)

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O prazo para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentar o último recurso contra sua condenação termina na próxima semana. Com isso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pode decretar o início do cumprimento da pena de Bolsonaro.

A Primeira Turma do STF condenou o ex-mandatário a 27 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado em 11 de setembro. Após o julgamento, seis defesas apresentaram os primeiros embargos de declaração, que foram rejeitados pelo colegiado no último dia 7. O acórdão, documento que oficializa a decisão, foi publicado nesta terça-feira (18).

Com isso, o ex-presidente tem até às 23h59 da próxima segunda-feira (24) para protocolar a segunda tentativa de embargos de declaração. Esse tipo de recurso serve apenas para esclarecer contradições ou omissões da sentença, mas não modifica a essência da decisão.

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A primeira análise dos recursos foi colegiada. Agora, Moraes pode rejeitar, de forma monocrática, os segundos embargos de declaração e, em seguida, determinar o início do cumprimento da pena.

Outra possibilidade é a apresentação de embargos infringentes. Neste caso, o prazo acaba às 23h59 da próxima sexta-feira (28). Esse recurso pode ser protocolado quando a decisão colegiada não foi unânime.

No entanto, o entendimento vigente na Corte prevê que os infringentes serão analisados somente quando houver dois votos divergentes nas Turmas, o que não aconteceu no julgamento do “núcleo 1”. Apenas o ministro Luiz Fux votou pela absolvição de Bolsonaro. Além disso, Moraes pode considerar que os embargos infringentes foram apresentados para adiar o início do cumprimento da pena e rejeitá-los.

Defesa de Bolsonaro pede que ele cumpra pena em casa

A defesa de Bolsonaro solicitou, nesta sexta-feira (21), a concessão de prisão domiciliar humanitária, em substituição ao regime inicial fechado fixado em sua condenação.

Os advogados Celso Sanchez Vilardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser, destacaram que a saúde do ex-presidente está "profundamente debilitada" e "absolutamente incompatível com o ambiente prisional comum".

A petição alerta que a potencial alteração de regime "terá graves consequências e representa risco à sua vida".

A defesa afirmou que o quadro clínico do ex-presidente é de alta complexidade, com risco cardiovascular, pulmonar e infeccioso elevado. Os relatórios médicos anexos indicam que um mal grave ou súbito não é uma questão de "se, mas de quando".

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