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A 30ª Conferência do Clima da ONU (COP 30), realizada em Belém (PA) para projetar o Brasil como líder ambiental, resultou em um revés para a imagem internacional do presidente Lula. Problemas de organização, crises de segurança e poucos acordos concretos selaram o fiasco do evento.
Quais foram as principais falhas de organização?
A conferência enfrentou problemas logísticos graves em Belém. Faltou água em banheiros, os preços de alimentação e hospedagem estavam abusivos e houve alagamentos. Crises de segurança, como assaltos, um incêndio na área da ONU e a descoberta de foragidos trabalhando no evento, mancharam a organização e levaram a uma cobrança formal das Nações Unidas por melhores condições.
Por que a liderança ambiental do Brasil foi questionada?
A principal crítica foi a contradição entre discurso e prática. Enquanto defendia o fim dos combustíveis fósseis, o governo liberou a exploração de petróleo na Margem Equatorial. A ausência de líderes de potências como EUA e China também foi vista como um sinal do enfraquecimento da influência de Lula, o que, para analistas, indica um declínio de seu protagonismo no debate ambiental.
Quais foram as principais propostas que não avançaram?
Três propostas centrais do Brasil não decolaram. O Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que pagaria nações pela preservação, arrecadou apenas metade da meta inicial de US$ 10 bilhões. A ideia de criar um Conselho do Clima na ONU e um “mapa” para o fim dos combustíveis fósseis também não avançou, esbarrando na resistência de países como a Arábia Saudita.
Como os protestos afetaram a conferência?
Protestos de indígenas e ativistas do PSOL chegaram a invadir a “zona azul”, área de negociações da ONU, resultando em confrontos. A repercussão negativa levou o governo a reforçar a segurança com cercas militares, símbolo da tensão no evento. Em meio à pressão, Lula anunciou a criação de dez novas terras indígenas, medida criticada pela oposição como uma manobra política.
Houve algum resultado positivo no evento?
Sim. Para o agronegócio, o evento foi uma oportunidade inédita de apresentar o setor como parte da solução climática. Representantes destacaram que a produção nacional, aliada a biocombustíveis e ao Código Florestal, pode garantir a segurança alimentar global e a transição energética, demonstrando que é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.
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