De acordo com um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o Brasil registrou 5.142 mortes, R$ 132 bilhões em danos materiais e R$ 792,7 bilhões em prejuízos totais - que incluem danos materiais, prejuízos públicos e privados - em decorrência de 67.230 eventos de desastres ambientais de 1991 a 2023.
De acordo com o estudo, o país acumula, principalmente, catástrofes climatológicas (estiagem, seca, incêndio florestal e baixa umidade), meteorológicas (ondas de frio/calor, chuvas intensas, granizo, tornados e vendavais) e hidrológicas (inundações, enxurradas e alagamentos).
O levantamento apontou que ao longo dos 32 anos pesquisados, os desastres climatológicos foram responsáveis por 49,2% das ocorrências, 4,3% das mortes, 56,5% dos prejuízos totais e 0,6% dos danos materiais. O estudo foi publicado em setembro de 2024.
As catástrofes hidrológicas foram responsáveis por 38,6% das ocorrências, 83,4% das mortes, 90,9% dos danos materiais e 38,5% dos prejuízos totais.
Já os desastres meteorológicos foram responsáveis por 9,6% das ocorrências, 4,4% das mortes, 6,3% dos danos materiais e 4,2% dos prejuízos totais.
Segundo o levantamento, o ano de 2023 registrou o maior número de desastres hidrológicos entre os anos pesquisados. Foram 2.361 ocorrências que resultaram em 5.115 mortes.
Desastre do RS ficou de fora do levantamento
O estudo não considerou as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril e início de maio deste ano.
O desastre no Rio Grande do Sul foi o maior já registrado na história do estado e uma das maiores calamidades do país.
Apesar de não contabilizar o desastre no RS no estudo, o Fiemg ressaltou que o número de mortes chegou a 180 por causa das enchentes e que mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas.
A Federação atribui o aumento das ocorrências nos últimos 8 anos às mudanças climáticas e à falta de planejamento dos governos federal e estaduais.
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