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O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), classificou como “desrespeito” a decisão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de não comparecer ao colegiado nesta quarta-feira (7) para prestar esclarecimentos sobre diversos temas.
“O que se espera de um representante do poder executivo é respeito ao parlamento, diálogo com a sociedade e responsabilidade com o cargo que ocupa. Ao se recusar a comparecer, a ministra despreza essa comissão, todos os brasileiros que exigem respostas", disse Nogueira em nota enviada à Gazeta do Povo.
A ministra confirma que não está disposta a prestar contas sobre os erros e omissões do Ministério do Meio Ambiente e isso é inadmissível e garanto que adotaremos as medidas cabíveis”, completou.
Marina havia sido convocada para responder questionamentos dos parlamentares sobre os impactos ambientais da construção de uma nova rodovia em Belém (PA), prevista para atender à COP30.
Também seria questionada sobre sua participação no Acampamento Terra Livre, sobre os altos índices de queimadas registrados em 2025, a degradação na Amazônia Legal e sobre a morosidade na liberação de novos defensivos agrícolas.
Marina alegou incompatibilidade de agenda
O requerimento de convocação da ministra foi apresentado pelo presidente da comissão. Marina enviou um ofício à comissão pedindo o cancelamento da reunião por conta de um compromisso marcado anteriormente.
No documento encaminhado ao presidente da Comissão, Marina informou que, entre os dias 6 e 9 de maio, estará empenhada na realização da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente — evento promovido pelo Ministério do Meio Ambiente conforme a Portaria GM/MMA nº 1079/2024, publicada no Diário Oficial da União em 12 de junho do ano passado.
Após lamentar a ausência da ministra, Nogueira disse que Marina prefere “se esconder atrás de compromissos de agenda”.
De acordo com o presidente da comissão, os temas que seriam debatidos durante a reunião com a ministra “são temas urgentes que afetam diretamente quem produz, gera emprego e sustenta a economia do país”.
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