O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, disse nesta quinta (25) que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não deve ser subestimada como possível candidata à sucessão presidencial de 2026. A fala do petista aliado a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também reconhece a força eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que elegeu parlamentares e poderia fazer o mesmo com a esposa.
“Eu não subestimaria a Michelle como candidata, porque o Bolsonaro tem uma natureza duma força. O Bolsonaro elegeu senadores, o Tarcísio foi eleito em São Paulo”, disse em entrevista à CNN Brasil se referindo ao apoio dado ao então ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que foi eleito governador de São Paulo em 2022.
Ainda segundo Dirceu, Bolsonaro poderia se candidatar mesmo sendo inelegível colocando alguém no seu lugar ao ser impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Mas precisa ver quais partidos vão com Bolsonaro. Será que o PL, o PP, o PSD, o União Brasil vão junto? É muito improvável que isso aconteça”, disse.
Dos partidos citados por Dirceu, o PP, o PSD e o União Brasil fazem parte da base aliada de Lula por acordo em troca de ministérios e emendas em votações, mas podem não continuar com ele na próxima corrida presidencial.
José Dirceu afirmou que ainda não há uma certeza se Freitas pode sair como candidato à sucessão presidencial, mas sinalizou que os governadores Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Ronaldo Caiado (União-GO), de Goiás, são fortes opções. Já Romeu Zema (Novo-MG) ainda é dúvida se consegue viabilizar uma candidatura.
Ele vê, ainda, que a oposição está se movimentando para as próximas eleições e que a esquerda precisa se manter unida para continuar no poder. José Dirceu diz que precisa envolver “setores empresariais, que a gente consiga, principalmente, envolva a juventude brasileira, as classes médias, os empreendedores brasileiros”.
Ainda durante a entrevista à CNN Brasil, o ex-ministro afirmou que o PT pode ficar por 12 anos à frente do governo federal a partir da vitória de Lula em 2022. Ele esperava chegar aos 20 anos com a primeira eleição presidencial vencida pelo PT, mas o projeto de poder foi interrompido com o impeachment de Dilma Rousseff.
"Vai começar um processo de crescimento, eu sempre vejo de 8 a 12 anos, eu nunca vejo, porque a vida não é assim. Quando nós chegamos no governo eu disse que nós tínhamos que ter uma perspectiva de 20 anos e nós tivemos", disse ressaltando que o impeachment interrompeu a projeção.
Dirceu acredita que as eleições municipais deste ano serão o "primeiro passo de um crescimento do PT" para se refazer do baque sofrido com a Operação Lava Jato e a derrota de 2018. "Não vai ser fácil" a disputa de 2024 com a oposição e até mesmo partidos da base aliada -- como o MDB -- se movimentando para conquistar a maior quantidade possível de prefeituras.
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