Eduardo Bolsonaro: apesar de narrativas, “Tarifa-Moraes” segue em vigor

"Nem tarifa tiraram", pontuou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao comentar a reunião entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O comentário foi publicado no X, em postagem desta segunda-feira (27).

Eduardo também lembrou dos vistos cancelados de autoridades brasileiras e das sanções por meio da Lei Magnitsky, duas medidas que ainda estão em vigor, apesar do encontro entre os presidentes. O deputado alega que nunca pediu tarifas contra o Brasil, mas que elas "vieram devido ao comportamento autoritário das instituições brasileiras", e atribuiu a isso o fato de terem apelidado a alíquota de "Tarifa-Moraes".

"Anistia já", pede Eduardo Bolsonaro

Exilado nos Estados Unidos, o parlamentar terminou seu post pedindo "anistia já". De acordo com sua análise, não há o que comemorar, uma vez que Lula "só ajuda Moraes ao legitimar seu discurso, botar a AGU [Advocacia-Geral da União] para gastar o dinheiro do pagador de impostos contratando escritórios americanos e mandando seus tentáculos na mídia vender vitória quando na verdade não há o que comemorar (sic.)"

Eduardo Bolsonaro enfrenta uma ação no Supremo Tribunal Federal. Ele é acusado de coação no curso do processo, por supostamente articular punições contra autoridades brasileiras, a fim de obter resultados favoráveis na justiça a si e a seus aliados, sobretudo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Enquanto o processo avança, o governo brasileiro tenta reverter as tarifas de 50% aplicadas por Donald Trump contra o Brasil. O encontro entre Lula e Trump gerou elogios da esquerda e críticas da direita. Essa última, na esteira do que afirma Eduardo Bolsonaro, defende que, apesar do tom amistoso, não houve avanços concretos.