O Ministério da Defesa anunciou nesta quarta (29) que intensificou as ações de defesa na região da fronteira Norte do Brasil, acompanhando de perto a disputa territorial entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo. O aumento das tropas na área foi uma resposta ao pedido do senador Hiran Gonçalves (PP-RR), que solicitou o reforço das Forças Armadas em Pacaraima, cidade brasileira na fronteira com a Venezuela.
A região de Essequibo, administrada pela Guiana, é alvo da disputa com o governo de Nicolás Maduro devido principalmente à descoberta de jazidas de petróleo estimadas em 11 bilhões de barris. O líder venezuelano pretende anexar cerca de 160 mil km², representando cerca de 70% do território total da Guiana.
A tensão aumentou às vésperas do referendo convocado por Maduro para decidir sobre a criação de uma nova província chamada "Guayana Esequiba" em Essequibo.
Gonçalves ressaltou a garantia do ministro da Defesa, José Mucio, de reforçar a presença militar na fronteira, especialmente em Pacaraima, ponto estratégico para acessar Essequibo. O pedido visa assegurar a segurança dos brasileiros residentes em Pacaraima diante da proximidade do referendo.
A disputa entre Venezuela e Guiana por Essequibo data de 1966 e se intensificou em 2015, quando a ExxonMobil descobriu campos de petróleo na região. A Guiana baseia sua reivindicação em um laudo de 1899, estabelecendo as fronteiras atuais. Em contrapartida, a Venezuela alega que o território é seu, citando um acordo de 1966 com o Reino Unido.
O referendo de domingo (3) busca conceder a nacionalidade venezuelana a 125 mil habitantes de Essequibo. Enquanto a Guiana propõe a resolução do conflito na Corte Internacional de Justiça, a Venezuela busca uma solução negociada.
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