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G20: Lula recebe líderes e discute taxação de super-ricos e problemas da Enel
Lula se reuniu com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e outros líderes na véspera da cúpula do G20.| Foto: Ricardo Stuckert/PR.

Na véspera da cúpula do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de uma série de reuniões bilaterais com outros líderes neste domingo (17). Entre os encontros, o petista conversou com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, sobre a “necessidade de avanços na melhoria do serviço prestado” pela distribuidora de energia italiana Enel.

O governo italiano é um dos principais acionistas da companhia. A Enel é a responsável pela distribuição de energia elétrica em São Paulo. Em outubro, a capital paulista enfrentou um apagão por quase uma semana após fortes chuvas.

Outro apagão já havia atingido a cidade e a região metropolitana em novembro de 2023. na ocasião, os moradores ficaram cerca de quatro dias sem luz. Durante a reunião, Lula convidou Meloni a voltar ao Brasil para um encontro empresarial entre os dois países.

A premiê ressaltou que empresas italianas têm planos de investir no Brasil 40 bilhões de euros. Ela também falou sobre a atualização dos acordos de parceria e cooperação econômica entre Brasil e Itália.

Lula trata sobre acordo UE-Mercosul com presidente da Comissão Europeia

Nesta tarde, Lula teve uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre o acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Nas redes sociais, ela confirmou que os dois falaram sobre o acordo.

Tanto a presidente da Comissão Europeia, quanto o Planalto não divulgaram mais detalhes. Na publicação, Von der Leyen disse que a “Europa apoia totalmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”.

Taxação dos super-ricos

Na primeira reunião bilateral do dia, Lula recebeu o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que irá assumir a presidência do G20 após o Brasil. Os dois conversaram sobre a "proposta de taxação de 2% dos 3 mil indivíduos mais ricos do planeta, que detém um patrimônio de 15 trilhões de dólares".

O presidente brasileiro pediu a Ramaphosa que dê continuidade ao G20 Social, que "garantiu que deve dar continuidade ao trabalho do Brasil" no grupo.

Depois, Lula conversou com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, sobre a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa brasileira que será lançada na cúpula. Os dois debateram a importância da Malásia na área de semicondutores e a possibilidade dos dois países avançarem na cooperação nesta área.

O mandatário brasileiro também se reuniu com príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan, chefe da delegação dos Emirados Árabes Unidos. Além de ministros, o diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participou da reunião.

Segundo o governo, foi firmado um “memorando de entendimento de investimentos dos Emirados Árabes Unidos em projetos estratégicos no Brasil em áreas como energia e outras formas de infraestrutura”.

Cooperação e propostas do Brasil no G20

O petista recebeu o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, que também defendeu a necessidade de uma reforma da ONU e declarou apoio à reivindicação do Brasil para se tornar membro permanente do Conselho de Segurança.

Na reunião seguinte, Lula conversou com o presidente de Angola, João Lourenço, sobre o alinhamento dos dois países em relação aos principais temas propostos pelo Brasil no G20: a reforma das instituições globais, o combate à fome e a transição energética.

No final da tarde, o mandatário ouviu a sugestão do presidente da Turquia, Recep Erdogan, para a criação de um alto conselho para aprofundar a relação entre os dois países. Segundo o Planalto, o presidente turco também sugeriu “parcerias nas áreas de aviação civil e defesa e também nos setores de construção e energia, inclusive no Novo PAC”.

Lula também discutiu a guerra em Gaza com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi. O líder egípcio também falou sobre as possibilidades de cooperação nas áreas industrial, de defesa e cultural, com intercâmbio de peças históricas para museus brasileiros.

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