O ex-presidente do PT, José Genoino, sugeriu um boicote a empresas comandadas por judeus ou vinculadas ao estado de Israel. A fala ocorreu no sábado (20) durante uma transmissão do canal Diário do Centro do Mundo, enquanto Genoino e os âncoras do programa “Sabadão DCM”, Prof. Viaro e Fernando Drummond, comentavam as mensagens enviadas pelos espectadores.
Antes de se despedir, o professor Viaro mencionou um comentário que dizia “Palestina livre e fora Magazine Luiza. Minha grande decepção Luiza Trajano”. Neste momento, Viaro explicou o contexto da mensagem, criticando o abaixo-assinado feito por empresários contra apoio do Brasil à investigação de Israel por genocídio. O documente teria sido encabeçado por Luiza Trajano, que comanda a rede de lojas Magazine Luiza.
Ao comentar o fato, Genoino sugeriu o boicote a determinadas empresas de judeus. “Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos, que fere o interesse econômico, é uma forma interessante. Inclusive ter esse boicote a determinadas empresas de judeus”, disse o petista.
Na sequência, o ex-presidente do PT disse ainda que o país deveria deixar de fazer negócios com o governo israelense. “Há por exemplo boicote a empresas vinculadas ao estado de Israel. Inclusive eu acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais na área da segurança e na área militar com o estado de Israel”, afirmou durante live.
Conib emite nota repudiando declaração de Genoino
Em reação a fala de Genoino, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) emitiu nota, repudiando as declarações. “É uma fala antissemita, e o antissemitismo é crime no Brasil. O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”.
Na nota, a Conib pediu ainda que as lideranças políticas brasileiras atuem com “moderação e equilíbrio diante do trágico conflito no Oriente Médio”. “Suas falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira podem importar as tensões daquela região ao nosso país”, finaliza a nota.
A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) também emitiu uma nota manifestando repúdio à declaração de Genoino. “Ao evidenciar a origem judaica de empresas e pedir seu boicote, Genoíno revela a sua covardia e o seu viés antissemita", diz a entidade.
A Câmara Brasil Israel de Comércio e Indústria também classificou a fala como antissemita e disse que ela "deve ser repudiada por todos". "A fala de Genoíno sem conhecimento dos benefícios desta relação comercial, é também contrária aos interesses do Brasil e da população brasileira. Trata-se de dois países democráticos, independentes, com benefícios comerciais recíprocos", afirma nota divulgada pelo órgão.
Eleições municipais cumprem etapa do plano da direita para comandar o Senado em 2027
Judiciário impulsiona ascensão do PSOL como protagonista da agenda abortista
Padres e pastores são alvos de processos por homofobia; IBDR faz abaixo-assinado
Como foi o desempenho dos políticos nas cidades mais atingidas pelas enchentes no RS
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião