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Eleição no Senado

Girão e Pontes lamentam derrota e retorno da “velha política” com Alcolumbre

Senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Pontes (União-SP) disputaram presidência do Senado. (Foto: Reprodução/Agência Senado)

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A vitória do senador Davi Alcolumbre (União-AP) na Presidência do Senado já era esperada, após o acordo entre os partidos, mas os candidatos Eduardo Girão (Novo-CE) e o Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) insistiram na disputa e reforçaram a oposição contra a candidatura do senador amapaense. Ambos conseguiram apenas 4 votos cada, contra 73 votos a Alcolumbre.

Apesar da derrota, o senador Girão destacou à Gazeta do Povo que parte da oposição saiu mais forte e mostrou a sua "coerência", mesmo tendo alguns que fizeram uma "acordão com o PT e Alcolumbre". Ele questiona, inclusive, se determinados oposicionistas já estão arrependidos, após o senador eleito assumir que a "anistia não pacifica o Brasil".

"Será que já tem senadores arrependidos? Porque só eu e o Marcos Pontes e mais seis disseram não a esse regime, não à volta do Davi Alcolumbre, que causou tanto problema ao Brasil durante o tempo que ele permaneceu na presidência", declarou.

Girão também reforçou a mobilização da população contra a "velha política" no Senado. Segundo ele, o povo está "de saco cheio" de acordões políticos. "Tudo que é feito nas sombras não é bom, e a gente tentou jogar luz nisso e a população está de parabéns porque não entrou nessa narrativa desse acordão. Agora é a gente levantar os cacos de muita coisa que ainda vai acontecer", ressaltou.

Na avaliação do senador cearense, os parlamentares vão ter que repensar o "segundo erro", tendo em vista que é o segundo mandato de Alcolumbre como presidente do Senado, para "tentar reparar esse grande equívoco para o Brasil".

Marcos Pontes reforça defesa da anistia

Já Marcos Pontes, que manteve a sua candidatura contrariando a bancada do PL e o ex-presidente Jair Bolsonaro, disse que independentemente da derrota continuará lutando pelas pautas da oposição.

“Nós temos pautas importantes aí, como a anistia. É a defesa das liberdades, isso foi uma coisa boa que o Davi falou. Também a defesa das prerrogativas aqui do Legislativo. […] A gente discorda em algumas coisas, mas a gente se dá muito bem, a gente é vizinho de gabinete aqui no Senado”, declarou Pontes ao Poder360.

Sobre a relação com Bolsonaro, Pontes garantiu que ele e Bolsonaro são “cabeça dura”, mas que a amizade entre ambos se mantém. Eu conheço o Bolsonaro há mais de 20 anos, e ele sabe que eu sou cabeça dura, ele também é. Eu falei no meu discurso ali, que eu me inspiro nele”, disse Pontes.

O ex-ministro de Bolsonaro adiantou que ainda não falou o ex-presidente após a derrota no plenário. Porém, ele reforçou que já teve outras discordâncias com Bolsonaro, inclusive, no governo do ex-mandatário.

“É a mesma coisa. Provavelmente ele vai chegar para mim no começo e vai falar: ‘Pô, por que fez isso?’. E eu vou falar: ‘Pô, eu tinha que fazer isso. Lembra que você fazia tal coisa?’. Era assim também no ministério, tinha que discutir com ele o orçamento lá. Amigo é assim mesmo”, disse Pontes.

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