A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), não ficou satisfeita com as declarações do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre o desempenho do partido nas eleições municipais de 2024.
Padilha afirmou, nesta segunda-feira (28), que o PT está na “zona de rebaixamento” desde 2016 e defendeu uma “avaliação profunda” da situação após o pleito.
Segundo Gleisi, em vez de ofender a legenda "fazendo graça", Padilha deveria “focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados”.
Os petistas conquistaram 252 municípios, ficando atrás de oito partidos: PSD, MDB, PP, União Brasil, PL, Republicanos, PSB e PSDB. Na disputa pelas capitais, o PT levou apenas Fortaleza (CE). A deputada ressaltou que a legenda “paga o preço” de estar em um governo de ampla coalizão contra a extrema-direita.
“Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece. Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema-direita”, afirmou a dirigente nas redes sociais.
“Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças. Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados”, acrescentou.
Gleisi exigiu que o ministro tenha "mais respeito com o partido que lutou por Lula Livre e Lula Presidente, quando poucos acreditavam". A Executiva Nacional do PT se reuniu nesta tarde para avaliar o fraco desempenho nas urnas.
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