A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), saiu em defesa do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, após protesto organizado por servidores do instituto.
Na terça-feira (15), funcionários do IBGE lotados em uma agência no centro do Rio de Janeiro (RJ) resolveram paralisar os serviços por 24 horas, ao mesmo tempo em que realizaram um protesto por conta da mudança de endereço da agência.
O impasse com o prédio no Rio de Janeiro é apenas um dos problema enfrentados pela gestão de Pochmann.
No fim do mês passado, a Associação dos Trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (AssIBGE) emitiu um comunicado alertando sobre “considerável risco institucional” e reclamando da falta de diálogo com Pochmann.
As principais reclamações dos servidores do IBGE dizem respeito à "constituição de uma fundação de direito privado (IBGE+) e a uma possível reforma de seu estatuto".
“Marcio Pochmann está reconstruindo o IBGE, uma das instituições mais odiadas pela extrema direita e sabotada por Bolsonaro, que cortou até a verba do censo em 2021. Está criando novas formas de financiamento para fortalecer a instituição. Onde estavam os que o criticam agora quando Bolsonaro atacou o IBGE? Siga em frente, Marcio Pochmann, com nossa solidariedade”, escreveu Gleisi em seu perfil no X, nesta quarta-feira (16).
O Censo foi suspenso durante a pandemia
Em 2021, o Censo foi suspenso por falta de previsão no Orçamento, segundo informações passadas à época pelo Ministério da Economia.
Na ocasião, o então presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, considerou o cancelamento da pesquisa uma “catástrofe” que poderia ser comparada à pandemia.
Rabello também classificou a decisão do Congresso, ao permitir que o Ministério da Economia corte o gasto do Censo do Orçamento de 2021, uma “ignorância”.
O Censo já havia sido adiado de 2020 para 2021 por conta dos problemas na economia causados pela pandemia do Covid-19.
Servidores reclamam do "autoritarismo" de Pochmann
No fim de setembro, os servidores do IBGE realizaram um protesto contra as medidas "autoritárias" e "pouco transparentes" de Marcio Pochmann à frente do instituto.
O Sindicato dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) convocou o ato que ocorreu em frente à sede do Instituto, no Rio de Janeiro. Lideranças sindicais e funcionários do órgão participaram da manifestação.
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