O governo federal reconheceu o estado de emergência em Maceió (AL) pelos danos causados em razão do afundamento de uma mina desativada de exploração de sal-gema da Braskem. O decisão do governo foi publicada nesta sexta-feira (1º) no Diário Oficial da União (DOU). O risco iminente de colapso do terreno levou a Defesa Civil a retirar, nesta semana, cerca de cinco mil pessoas de um bairro da cidade.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) disse que está acompanhando a situação na capital alagoana, que sofreu, nos últimos dias, seguidos abalos sísmicos causados pelas atividades de mineração. Segundo a pasta, o ministro Waldez Góes participou nesta sexta de uma reunião com uma equipe da Defesa Civil Nacional, que está no local, informou a Agência Brasil.
Os ministros do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e dos Transportes, Renan Filho, estão em Maceió para monitorar a situação. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que é de Alagoas, já solicitado nesta manhã a "viabilização de recursos e a edição de medida provisória" para garantir ajuda à Prefeitura de Maceió.
"A grave crise ambiental, humana e estrutural em Maceió precisa de um amparo urgente do governo federal. Solicitei aos órgãos responsáveis a viabilização de recursos e a edição de medida provisória que garantam à prefeitura de Maceió condições de atendimento aos moradores atingidos e de empreender ações para combater o problema gerado pela exploração do sal-gema", disse Lira na rede social X.
O reconhecimento do estado de emergência facilita a adoção de medidas para auxiliar o município. A situação é mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que sofreram nos últimos abalos sísmicos devido à movimentação da cavidade de uma das minas da Braskem. Nesta quinta-feira (30), a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência por 180 dias por causa do iminente colapso da mina 18, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros.
A área já está desocupada e a circulação de embarcações da população está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. A Defesa Civil de Maceió informou que a última medição apontou que a movimentação vertical acumulada na área é de 1,42 metro e a velocidade vertical é de 2,6 centímetros por hora.
Em nota, a Braskem disse que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências e que a área está isolada desde terça-feira (28). A empresa ressalta que a região está desabitada desde 2020. "Referido monitoramento, com equipamentos de última geração, foi implementado para garantir a detecção de qualquer movimentação no solo da região e viabilizar o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas como as que estão sendo adotadas no presente momento", disse a empresa.
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