O Ministério dos Transportes anunciou, nesta sexta-feira (17), a criação de um grupo de trabalho para debater assuntos relacionados à BR-319. De acordo com a portaria publicada pelo ministério, o grupo de trabalho tem a finalidade de apresentar estudos e propostas que promovam a otimização da infraestrutura da rodovia. Além disso, deve considerar os impactos socioambientais, a segurança viária e medidas de adaptação à mudança do clima no corredor de transporte de que faz parte a BR-319.
Apesar de prever o debate sobre questões ambientais e das mudanças do clima relacionadas à rodovia, não há previsão de participação de membros do Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças do Clima no grupo. A única menção à pasta chefiada pela ministra Marina Silva é apontada nas competências do grupo. Neste ponto, o colegiado é instruído a considerar nos trabalhos, a “análise de estudos, projetos, relatórios de outros grupos, que já tenham tratado do tema, especialmente, as conclusões do grupo instituído pela Portaria MMA nº 295/2008”. A portaria mencionada foi assinada pelo então ministro Carlos Minc.
A BR-319 tem aproximadamente 900 quilômetros de extensão e é a única ligação rodoviária entre Manaus (AM) e o resto do país. No entanto, mais de metade da estrada não possui condições de trafegabilidade e precisa ser repavimentada. As obras são cobradas há anos por moradores da região, os quais tecem críticas aos entraves ambientais impostos à sua execução.
Recentemente, Marina Silva foi alvo de críticas pela oposição à repavimentação da rodovia. Chamada de retrógrada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que fazia cobranças sobre as obras da BR-319, ela rebateu as acusações. “Eu deixei o governo em 2008. Se a BR fosse fácil de fazer, nesses 15 anos talvez tivesse sido feita... A estrada já tem um trecho que foi aberto”, disse Marina em coletiva de imprensa. Aziz, por sua vez, reagiu dizendo que “quem quer fazer, não cria grupo de trabalho”.
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