O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (30) que apesar do seu governo priorizar os mais pobres, os ricos não precisam ter medo, porque o governo não vai “tirar nada de ninguém”. Ele disse que os empresários devem ganhar dinheiro para contratar trabalhadores.
“Nós não queremos tirar nada de ninguém, [que] ninguém que seja rico tenha medo de nós. A gente quer que os empresários produzam, que os empresários ganhem dinheiro, porque, se eles estiverem produzindo e ganharem dinheiro, vão contratar trabalhador, vão pagar salário, o trabalhador vai virar consumidor”, disse ao participar da cerimônia de entregas de moradia no Rio de Janeiro.
Lula ainda afirmou que “pouco dinheiro na mão de muitos muda o jogo” na economia do país.
“Muito dinheiro na mão de poucas pessoas significa pobreza, analfabetismo, mortalidade infantil, fome, miséria, porque é muito dinheiro na mão de poucos, é concentração de riqueza. Mas pouco dinheiro na mão de muitos muda o jogo, todo mundo vai poder comprar um pouquinho, poder comer melhor, todo mundo vai na padaria, vai tomar um café, e a economia gira”, avaliou.
No evento, Lula fez elogios ao prefeito Eduardo Paes, que tenta reeleição nas eleições municipais deste ano, “possível melhor gerente de prefeitura que este país já teve”. O petista ainda destacou que a chave para os municípios terem acesso a recursos do governo federal é apresentar bons projetos.
“Quem quiser dinheiro do governo federal, não faça discurso. Apresenta projeto, porque se o projeto for bem apresentado e uma coisa possível de ser feita, não tem por que o presidente da República deixar de passar dinheiro.”
Crítica aos governos anteriores
Como tem sido costume em outros eventos, o presidente Lula não poupou críticas aos governos anteriores, como o do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou a interrupção de programas sociais e obras públicas, como as moradias do Minha Casa, Minha Vida.
“Lamentavelmente houve um período conturbado neste país, e gente teve um governo que esqueceu de fazer as coisas do povo e passou a contar mentira para esse povo. Encontrei, quando voltei, 87 mil casas que tinham sido começadas em 2011, 2012 e 2013, totalmente abandonadas”, lamentou, sem citar nomes de ex-presidentes.
O petista ainda ressaltou que o “povo pobre” só é lembrado nas eleições. “Na época da eleição, o povo pobre é muito falado no palanque, todo mundo gosta de pobre, elogia pobre e fala mal de banqueiro e empresário, porque a maioria é pobre e a maioria tem voto. Depois da eleição, nunca mais essas pessoas se lembram do pobre”, criticou.
Eleições municipais cumprem etapa do plano da direita para comandar o Senado em 2027
Judiciário impulsiona ascensão do PSOL como protagonista da agenda abortista
Padres e pastores são alvos de processos por homofobia; IBDR faz abaixo-assinado
Como foi o desempenho dos políticos nas cidades mais atingidas pelas enchentes no RS
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião