A primeira-dama Janja Lula da Silva postou uma foto nas redes sociais com a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) horas depois da ong Me Too denunciar o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) por suspeita de assédio sexual. Anielle teria sido uma das vítimas, mas ainda não se pronunciou oficialmente e nem pelas plataformas digitais.
Sem legenda ou declarações, a foto postada por Janja apenas a mostra dando um beijo na testa de Anielle, como um sinal de consolo em meio às denúncias. Veja abaixo:
Fontes relataram ao site Metrópoles que os supostos casos de assédio contra Anielle Franco incluíram toque nas pernas e beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de expressões chulas de conteúdo sexual. Almeida negou com “absoluta veemência” e classificou os relatos como “mentiras” e “ilações absurdas” para prejudica-lo.
Ainda de acordo com o site, Anielle Franco teria relatado a membros do governo sobre o assédio que teria sofrido de Almeida há meses. As acusações, diz a apuração, já teriam chegado à cúpula da Controladoria-Geral da União (CGU), ministério responsável por analisar casos de assédio moral e sexual dentro do serviço público federal.
Outra apuração, da Folha de S. Paulo, aponta que a ministra teria evitado falar com a imprensa sobre os relatos para não transformar o episódio em um escândalo público para prejudicar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Palácio do Planalto divulgou uma nota também na noite de quinta (5) reconhecendo a “gravidade” das denúncias, e afirmou que chamou Almeida para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. lém disso, a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir de ofício um procedimento de apuração.
“O Governo Federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, diz o comunicado do governo.
Na mesma noite, o próprio ministro informou que encaminhará ofício à CGU, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República (PGR) para que investiguem o caso.
Além de Almeida, o Ministério dos Direitos Humanos também respondeu às denúncias, afirmando que são uma tentativa da ong Me Too de interferir no processo de licitação da nova gestão do Disque 100, serviço voltado ao atendimento de violações dos direitos humanos.
O ministério afirmou que, diante da identificação de um possível superfaturamento no processo de licitação, a Assessoria Especial de Controle Interno revisou o contrato, reduzindo o valor anual de R$ 80 milhões para R$ 56 milhões. Após essa alteração, a Me Too teria tentado novamente influenciar o processo, mas sem sucesso.
“Cerca de um mês depois, a organização Me Too retomou a tentativa indevida de interferência no desenho da licitação em agenda com a Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, Luzia Cantal, ocorrida em 23 de fevereiro de 2024, sem sucesso”, diz a nota do MDH (veja na íntegra).
A pasta destacou, ainda, que os acontecimentos indicam a existência de um “modus operandi” de denúncias anônimas e infundadas, voltadas para a manipulação de processos e interesses internos.
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