O atual líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), deixará a liderança neste final de semana por motivos de saúde e será substituído pelo também baiano Otto Alencar (PSD-BA). O anúncio da troca de cadeiras foi feito pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no começo da tarde desta quinta (17) em Salvador, onde cumpre agenda ao longo do dia.
Lula disse que a troca será por causa de uma cirurgia que Wagner fará no pé, e que ele escolheu Otto por “ser um parceiro extraordinário do nosso governo”.
“Quero fazer um anúncio aqui que só os dois sabem: o Wagner vai ter que sair pra fazer uma cirurgia no pé, porque ele quer voltar a jogar bola, agora que o Bahia [time de futebol] está melhorando, ele quer ver se consegue voltar a jogar”, disse Lula ao começar o anúncio do sucessor.
Depois, emendou que “já escolhi o companheiro Otto pra suceder o Wagner na liderança do governo no Senado, porque tem sido um parceiro extraordinário do nosso governo”.
A assessoria de Jaques Wagner informou à Gazeta do Povo que o senador fará uma cirurgia ortopédica no tornozelo esquerdo e que ficará afastado de 30 a 45 dias.
"Não é nada grave, mas terei que ficar "de molho" em casa de 30 a 45 dias. Nesse período, vou continuar 'on', trabalhando de forma remota nas reuniões de Comissões e do Plenário do Senado Federal", completou Wagner em uma postagem nas redes sociais.
PSD da base, mas oposição no futuro
Otto Alencar faz parte da ala do PSD que integra a base governista, mas o partido deve lançar candidato próprio na próxima eleição presidencial, segundo adiantou o presidente da legenda, Gilberto Kassab. Ele vem flertando com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, em uma disputa com o PL de Jair Bolsonaro.
“O Tarcísio é a grande renovação da política brasileira, eu tenho nele hoje o melhor quadro da política brasileira. Muito bem preparado, muito inteligente, com capacidade de estruturar a equipe, por onde passou saiu muito bem avaliado, e em governos totalmente diferentes do ponto de vista ideológico”, disse em entrevista à GloboNews exibida na noite de quarta (16).
Ele ainda emendou com um aceno tanto à direita mais liberal como à esquerda mais social, afirmando que o partido “está se preparando, que tem uma ideia clara de centro, que abraça na economia, o liberalismo”.
“Mas, vê com muito cuidado a questão social, defende investimentos expressivos no ensino público, na saúde pública, na defesa, na segurança”, completou.
O PSD faz parte da base governista com algumas cadeiras na Esplanada dos Ministérios, entre elas algumas tidas como mais importantes pelo governo: Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
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