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O ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e suspendeu o julgamento que avalia anular as condenações nos processos abertos contra os atos do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci na operação Lava Jato, segundo a Agência Brasil.
Com isso, o julgamento permanece empatado. O voto do ministro é decisivo para o desfecho da análise. Os ministros André Mendonça e Edson Fachin votaram contra a anulação. Gilmar Mendes e Dias Toffoli se manifestaram a favor.
Os ministros têm no máximo 90 dias para retomar o julgamento, que ocorre em ambiente virtual.
O recurso foi feito pela Procuradoria-Geral da República,que pretende suspender uma decisão do ministro do STF Dias Toffoli, relator do caso.
No início do ano, Toffoli atendeu ao pedido da defesa de Palocci e anulou todos os atos praticados em procedimentos penais instaurados referentes à Lava Jato contra o ex-ministro da Fazenda petista.
Toffoli baseou em entendimento, apresentado por Marcelo Odebrecht, de que houve conluio e ação ilegal na atuação do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), Sergio Moro, e do Ministério Público Federal na condução dos processos.
Por outro lado, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu que o suposto conluio entre Moro e procuradores não comprometeria as provas colhidas, e que seriam naturalmente reveladas no curso das investigações
Em setembro de 2016, Palocci foi preso sob suspeita de receber propinas da construtora Odebrecht em troca de favores políticos. Condenado por Moro a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, firmou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, fornecendo informações sobre esquemas de corrupção envolvendo altos membros do governo e do Partido dos Trabalhadores (PT).
Atualmente, está em liberdade, após cumprir parte de sua pena e colaborar com as investigações. Seus bens foram desbloqueados, e desde então ele tenta esclarecer supostas irregularidades ocorridas durante o processo da Lava Jato no STF.




