Caminhoneiros ganharam reajuste da tabela de frete, mas querem mesmo é redução no preço do diesel
Líder da greve dos caminhoneiros em 2018, Wallace Landim, o “Chorão”, não vai aderir à paralisação convocada para 25 de julho| Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas

A promessa de greve dos caminhoneiros para domingo (25) não contará com a participação de Wallace Landim, o "Chorão", líder da paralisação nacional em 2018. Em nota da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), entidade presidida por ele, Chorão defende um movimento amplo com a participação da sociedade civil, não apenas os transportadores autônomos.

"Consideramos justa a ação da categoria dos caminhoneiros autônomos nessa paralisação, no entanto, a Abrava não participará dessa paralisação em 25 de julho, por considerar que toda a sociedade, e não só os caminhoneiros, precisam compreender a necessidade de um ajuste social", diz Chorão.

O líder da última greve reconhece que a alta do preço do combustível pesa sobre os caminhoneiros, mas frisa que isso onera toda a cadeia consumidora. Por isso, defende que mais categorias sejam ouvidas. "A Abrava está conversando com outras entidades civis organizadas, procurando ampliar o grupo de entidades participantes de uma paralisação mais ampla, de forma a incluir todos os setores nesse processo", destaca.

À Gazeta do Povo, Chorão disse que "não acha justo" que os caminhoneiros levantem uma greve sozinhos neste momento. "O que falo é de uma pauta que envolva toda a sociedade. Por isso, estou conversando com vários segmentos, pessoal do comércio, da indústria, do agro", sustenta. "Aprendi [com a greve de 2018] e trouxe essa responsabilidade. Hoje, precisamos ter algum diálogo e espaço com todos os setores", complementa.