O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que espera contar com apoio semelhante ao que recebeu na campanha da sua reeleição para emplacar o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) como seu sucessor no comando da Casa legislativa.
Lira disse que espera receber apoio de partidos governistas e de oposição, a exemplo das siglas PT e PL, para tentar resolver a eleição logo no primeiro turno.
Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação (257) ou ser o mais votado no segundo turno.
“Vou tentar, neste momento, com muita tranquilidade e humildade conversar bastante e os líderes, todos ajudando, como sempre foram muito importantes e imprescindíveis nesse processo, para que a gente tenha a eleição mais tranquila possível”, disse Lira em entrevista concedida à GloboNews, nesta terça-feira (29).
Questionado sobre a demora na confirmação do apoio à candidatura do deputado Hugo Motta, Lira disse que apesar da demora no anúncio oficial, os partidos conversavam nos bastidores.
“Construir uma candidatura com vários amigos e líderes disputando a vaga é sensível, você tem que ter cuidado, respeito, consideração e, às vezes, ainda fica um pouco mal explicado, imagina se você fizesse de uma maneira mais açodada, então, acho que chega no momento certo, depois das eleições [municipais], com tempo hábil e suficiente para que a gente possa conversar com todos os partidos”, afirmou Lira.
O anúncio de apoio à candidatura de Hugo Motta foi feito na manhã desta terça, em pronunciamento à imprensa.
PL da anistia
Ao ser questionado sobre a decisão de retirar o PL da anistia aos presos do 8 de janeiro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Lira disse que seu posicionamento teve como objetivo evitar que o tema fosse usado politicamente.
Em despacho, na segunda-feira (28), Lira determinou a criação de uma comissão especial para analisar a proposta. Na prática, a decisão faz com que a discussão do projeto volte ao início.
“A decisão da Presidência (da Câmara) foi para colocar definitivamente as coisas nos seus devidos lugares. Ela vai ser tratada numa comissão especial, com a participação de 34 membros titulares e 34 suplentes, e espero que tenha um fim regimental [...] A polêmica a gente resolve com discussão, tempo, paciência e muita dedicação”, disse Lira à GloboNews.
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