O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (16) que os governos precisam “romper com a dissonância cada vez maior” entre o mercado e a “voz das ruas” para “chegar ao coração dos cidadãos comuns”.
O petista fez o discurso de encerramento do G20 Social, evento paralelo promovido pelo governo brasileiro e por movimentos sociais antes da Cúpula dos chefes de Estado do grupo.
“O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias. O G20 precisa discutir uma série de medidas para reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas”, disse.
A declaração ocorre em meio ao debate sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que pretende acabar com a escala 6x1 (seis dias trabalhados e um de folga). No pronunciamento, Lula não citou o projeto apresentado pela deputada Erika Hilton (Psol-SP).
A proposta angariou apoio nas redes e no Congresso e já conseguiu mais que as 171 assinaturas necessárias para que seja protocolada na Câmara dos Deputados. No entanto, é alvo de críticas.
O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) apresentou uma PEC alternativa a de Hilton, que permite ao trabalhador manter o regime de 44 horas semanais ou estabelecer um regime flexível. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a proposta de redução de jornada, que considera ser uma tentativa da esquerda de “jogar um contra o outro, como empregado contra patrão”.
Lula pede mobilização para avançar com pautas prioritárias do Brasil no G20
Durante o discurso, o chefe do Executivo apontou que a “economia e a política internacional não são monopólio de especialistas e nem de burocratas” e pediu maior mobilização da sociedade. “Gritem, protestem, reivindiquem. Senão, as coisas não acontecem”, disse.
Segundo Lula, a “mobilização permanente” é fundamental para impulsionar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a tributação dos super-ricos, avançar no uso de energias renováveis e levar adiante a “Ação pela Reforma da Governança Global, assegurando instituições multilaterais mais representativas”.
O mandatário afirmou ainda que o G20 deve combater extremismos e voltou a cobrar recursos dos “países ricos” para a proteção da Amazônia. “[O G20] Precisa preservar o espaço público, para que o extremismo não gere retrocessos nem ameace direitos", disse.
"Precisa se comprometer com a paz, para que rivalidades geopolíticas e conflitos não nos desviem do caminho do desenvolvimento sustentável”, ressaltou o presidente. Lula recebeu a declaração final do G20 Social que será entregue aos líderes do grupo durante a cúpula na próxima segunda-feira (18) e na terça (19).
"O texto enfatiza três pilares centrais: combate à fome, à pobreza e à desigualdade; enfrentamento das mudanças do clima e transição justa; e reforma da governança global", disse o Planalto em nota.
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