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Lula demite 4ª mulher da cúpula do governo apesar de discurso sobre “representatividade”

Lula demite 4ª mulher da cúpula do governo apesar de discurso sobre “representatividade”
Lula demitiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta terça-feira (25). (Foto: EFE/Andre Borges)

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Apesar de defender a representatividade feminina em discursos, o presidente Lula (PT) vem diminuindo a presença de mulheres nos cargos de confiança do governo. O petista demitiu nesta terça-feira (25) a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que será substituída pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha.

A mudança no Planalto marca o início da nova reforma ministerial que começou com a demissão de Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência. O marqueteiro Sidônio Palmeira assumiu o comando da Secom em janeiro. Hoje, o governo conta com 9 ministras.

O número pode aumentar caso a presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), assuma a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo. Gleisi é a principal cotada para o cargo. Em julho de 2024, Lula declarou que gostaria de colocar mais mulheres e negros no governo, mas que “é difícil encontrar”.

“Esse é um problema meu crônico, que eu discuto todo dia com a [a primeira-dama] Janja. Como a mulher não teve uma participação ativa durante muito tempo, fica mais difícil você encontrar mulher para determinados cargos, e também fica mais difícil você encontrar negros para determinados cargos”, afirmou o presidente em entrevista ao UOL.

Na primeira reforma ministerial, realizada em 2023 para acomodar indicados pelo Central, o presidente demitiu a então ministra do Turismo, Daniela Carneiro. O deputado federal Celso Sabino (União-PA) assumiu a pasta e permanece no cargo.

Em setembro de 2023, Lula fez mais um aceno ao Centrão ao demitir a então ministra dos Esportes, Ana Moser, e substituí-la pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA). O ministro, que segue à frente do ministério, é aliado do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Um mês depois, o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal no lugar de Rita Serrano após forte pressão do PP, partido de Lira.

Por outro lado, em maio de 2024, Lula trocou o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, por Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Magda segue no comando da estatal.

Além disso, o presidente escolheu a deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) para o comando do Ministério dos Direitos Humanos após demitir Silvio Almeida em meio a suspeitas de assédio sexual. Macaé permanece à frente da pasta.

Nos dois primeiros mandatos, o petista teve 10 ministras no governo. A ex-presidente Dilma Rousseff contava com 14 ministras.

Durante a gestão Bolsonaro (PL), o primeiro escalão teve 4 ministras: Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), que foi substituída por Cristiane Britto, então secretária nacional de Políticas para Mulheres, devido às eleições de 2022; Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Tereza Cristina (Agricultura). Tereza e Damares foram eleitas para o Senado em 2022.

Quem são as ministras do governo Lula

  • Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento;
  • Esther Dweck, ministra da Gestão;
  • Marina Silva, ministra do Meio Ambiente;
  • Macaé Evaristo, Direitos Humanos;
  • Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas;
  • Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial;
  • Cida Gonçalves, ministra das Mulheres;
  • Luciana Santos, ministra de Ciência e Tecnologia;
  • Margareth Menezes, ministra da Cultura.

Outros cargos:

  • Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil;
  • Magda Chambriard, presidente da Petrobras.

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