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Presidente Lula parabenizou ida de Flávio Dino ao STF, mas disse esperar que ele não atue com ideologia.| Foto: reprodução/Canal Gov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta (20) que espera ver de Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal (STF) uma atuação como um “comunista do bem” quando assumir o cargo de ministro, no dia 22 de fevereiro.

A declaração foi dada na manhã desta quarta (20) durante a abertura da última reunião ministerial do ano no Palácio do Planalto, em que Lula faz um balanço com os ministros de como foi o seu primeiro ano do terceiro governo. A expectativa é de que o encontro termine no meio da tarde.

Lula parabenizou a aprovação de Dino ao STF e afirmou que ele seguirá como ministro da Justiça até o dia 8 de janeiro, quando deve comandar um evento no Congresso em alusão ao primeiro ano dos atos de 8 de janeiro.

O presidente disse esperar que o futuro ministro do STF seja um “comunista do bem”, que ele diz ter sido atribuído a ele pela direita de que é um comunista.

“Segundo a extrema direita, foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Corte, e eu espero que seja um comunista do bem que tenha amor, carinho e, sobretudo, que seja justo. Porque ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica. [...] Não pode trair o teu compromisso com o povo brasileiro e com a verdade”, disse Lula.

O presidente afirmou, ainda, que ministros do STF não podem “ficar dando entrevista ou palpite do voto”, que tem que se pronunciar apenas nos autos dos processos e “é isso que interessa para quem recorre à Suprema Corte”.

Lula disse estar confiante de que Dino será “motivo de orgulho” no cargo de ministro do STF. Eles participaram de um jantar promovido por Barroso na noite de terça (19), em uma espécie de “confraternização de fim de ano” em que todos os magistrados compareceram exceto Cármen Lúcia e André Mendonça, que estão em viagem.

Além de uma confraternização, o evento também serviu para aproximar Lula dos magistrados em um momento que o governo pode vir a precisar da Corte em interesses próprios, como decisões sobre o marco temporal de demarcação das terras indígenas – que o PT sinalizou recorrer ao STF após o Congresso derrubar o veto do presidente –, entre outras pautas.

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