Superando as divergências, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Joe Biden lançaram uma parceria nesta quarta-feira (20). De acordo com os mandatários esquerdistas, a "Parceria pelo Direito dos Trabalhadores" tem o intuito de promover trabalho e salário digno ao empegado.
Com histórico sindicalista, a campanha eleitoral de Joe Biden foi voltada pelo direito e defesa do trabalhador — discurso bem parecido com o de Lula no Brasil. Apesar dos debates em que divergem, como a guerra da Ucrânia, os dois encontraram uma pauta em que poderiam trabalhar em conjunto.
No encontro desta quarta, os líderes fizeram críticas veladas aos seus antecessores e reforçaram o desejo de restabelecer a parceria Brasil-Estados Unidos. Juntos, Lula e Biden lançaram um "manifesto em defesa dos trabalhadores". "Com esta nova iniciativa, pretendemos expandir a nossa ambição e reforçar nossa parceria para enfrentar cinco dos desafios mais urgentes enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo", informa o documento.
O texto ainda prevê "apoio e a participação dos líderes sindicais dos nossos países e das organizações globais, bem como da liderança da Organização Internacional do Trabalho, e esperamos que outros parceiros e aliados se juntem a este esforço", disseram Lula e Biden.
O manifesto pretende atuar em cinco vertentes:
- (1) proteger os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, tal como descritos nas convenções fundamentais da OIT, capacitando os trabalhadores e trabalhadoras, acabando com exploração no trabalho, incluindo o trabalho forçado e trabalho infantil;
- (2) promoção do trabalho seguro, saudável e decente, e responsabilização no investimento público e privado;
- (3) promover abordagens centradas nos trabalhadores e trabalhadoras para as transições digitais e de energia limpa;
- (4) aproveitar a tecnologia para o benefício de todos;
- (5) combater a discriminação no local de trabalho, especialmente para mulheres, pessoas LGBTQI e grupos raciais e étnicos marginalizados.
"Pretendemos trabalhar em colaboração entre os nossos governos e com os nossos parceiros sindicais para fazer avançar estas questões urgentes durante o próximo ano, vislumbrando uma agenda comum para discutir com outros países no G20 e na COP 28, COP 30 e além", afirmaram o petista e o democrata.
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